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PARABÉNS!

Ver-o-Peso completa 398 anos de vivacidade e muitas histórias

Nos quase 400 anos da feira, comemorados hoje, o DIÁRIO conversou com quem lá trabalha nos diversos setores que existem no complexo

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Imagem ilustrativa da notícia Ver-o-Peso completa 398 anos de vivacidade e muitas histórias camera ( Agência Pará)

O Complexo do Ver-o-Peso, considerado a maior feira a céu aberto da América Latina, chega a mais um aniversário nesta quinta-feira (27). Serão festejados os 398 anos de existência, o que marca quase quatro séculos de vida de um dos principais pontos turísticos da capital paraense. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon), entre permissionários cadastrados e ambulantes não cadastrados são cerca de 2.400 pessoas trabalhando no complexo em diferentes áreas, entre as quais alimentação, artesanato, aves, açaí, ervas medicinais, farinha, frutas, maniva, marisco, polpa de frutas e tucupi.

Ainda segundo a Sedcon, cerca de vinte mil consumidores am diariamente pelo Ver-o-Peso, movimentando anualmente em torno de 360 milhões de reais. O Ver-o-Peso funciona 24 horas e se estende por um complexo arquitetônico e paisagístico de 25 mil metros quadrados, com uma série de construções históricas. O conjunto arquitetônico e paisagístico foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1977.

O DIÁRIO conversou com alguns trabalhadores do Ver-o-Peso sobre a relação deles com o local e o que desejam para o aniversário do lugar. A feirante Elizangela Costa, 51, trabalha com a comercialização das famosas ervas medicinais e perfumes atrativos. É a quarta geração da família, pois o negócio iniciou com o bisavô, seguiu com a avó, ou para a mãe de Elizângela e hoje é ela quem está à frente do ponto há vinte anos. Com a renda dos produtos, Elizângela consegue pagar as contas e também contribuir no pagamento da faculdade do filho Lucas, 21, que estuda medicina em Castanhal.

Barraca de Elizângela começou com o bisavô e foi ando de geração em geração
📷 Barraca de Elizângela começou com o bisavô e foi ando de geração em geração |Alberto Bitar

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Costa explica que a relação com o Ver-o-Peso é tão forte que ela abdicou das carreiras de técnica de enfermagem e assistente social para se dedicar exclusivamente ao negócio da família. “Chego logo de manhã e só vou embora no final da tarde, pelas 18h”, ressalta sobre a dedicação ao trabalho diário. “A gente depende dos turistas, pois o Ver-o-Peso é nosso cartão-postal. Tenho uma relação de longa data com esse lugar. É preciso um olhar especial para o Ver-o-Peso”, afirma.

CONFECÇÕES

Há pelo menos quatro décadas, Darc Chagas, 61, vive das vendas de vestuário na feira do Ver-o-Peso. Entre as confecções comercializadas pelo feirante, estão camisas com estampas regionais, entre as quais a bandeira paraense, e as de times como Remo e Paysandu. “Desde muito cedo vim para cá trabalhar. É minha história com o Ver-o-Peso. Daqui eu não saio mais. Não me vejo em outro lugar”.

São pelo menos oito horas de trabalho divididas entre os turnos da manhã e da tarde, para sempre atender bem os visitantes que frequentam a feira, principalmente aos finais de semana, quando as vendas das camisas são em maior quantidade. Para o aniversário do Ver-o-Peso, Chagas deseja que o local seja cada vez mais bem cuidado e que tenha sempre melhorias. “É nosso trabalho e é sempre importante os gestores terem um olhar mais atento para as necessidades da feira”.

FÉ E TRABALHO

O ramo da alimentação no Ver-o-Peso é bastante procurado, principalmente no horário do almoço. Com uma rotina intensa de trabalho, a boieira Valtiane Gomes, 34, consegue pagar as contas e demais despesas de casa. “Tudo o que eu tenho consegui primeiro por meio de Deus. Em segundo, foi por meio do Ver-o-Peso”, ressalta Gomes sobre a relação entre fé e trabalho.

De segunda-feira a sábado, a rotina é chegar de madrugada no local, por volta das 4h, para conseguir comprar os ingredientes necessários no preparo das refeições e só ir embora depois das 18h, uma jornada de trabalho na qual exige muita dedicação para preparar sozinha os alimentos que são servidos.

“É tipo um relacionamento amoroso. Às vezes me dá alegria, outras vezes, raiva”, brinca a boieira. Para o aniversário do Ver-o-Peso, Gomes ressalta que é importante os trabalhadores serem ouvidos sobre as principais medidas que podem ser tomadas para a melhoria constante do lugar.

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ARTESANATO

Um setor que também chama a atenção é o de artesanato. As barracas possuem uma diversidade de produtos e representam muito da nossa cultura regional. O casal Joabe Brito, 47, e Aretuza Sousa, 48, está há três anos à frente do negócio da família que já atua no Ver-o-Peso há cerca de 50 anos. Com o nome “Ver-a-Arte”, a barraca do casal oferece diversas opções para presentes e lembranças, com variedade de artigos em cerâmica, incluindo canecas e vasos.

“Os pratos decorativos são os que mais têm saída. Os turistas gostam bastante”, explica Joabe, que trabalha com peças confeccionadas no Distrito de Icoaraci e no município de Abaetetuba. Para o feirante, o Ver-o-Peso é um espaço que representa a oportunidade para mostrar os produtos artesanais e garantir a renda para o sustento da família. “A gente depende daqui, que é o nosso trabalho. Então, é preciso sempre que haja atenção dos gestores para as demandas necessárias do Ver-o-Peso”.

E mais...

Obras

  • A Feira do Ver-o-Peso, a Feira do Açaí e a Pedra do Peixe am por obras no valor de mais de 47 milhões de reais. As obras iniciaram em abril do ano ado, com prazo de execução de 18 meses. Ou seja, previstas para finalizar em outubro deste ano.
  • Ainda como parte das obras do Complexo do Ver-o-Peso, o Mercado Bolonha (carne) e o Mercado de Ferro (peixe) também am por reformas iniciadas em julho de 2024, ambos com prazos de entrega para julho deste ano. Para o Mercado de Carne foram destinados mais de 6,5 milhões de reais, já para o Mercado de Peixe as obras custam cerca de 3,5 milhões de reais.
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