{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/901683/mulheres-criam-cozinhas-coletivas-em-cidades-do-marajo","headline":"Mulheres criam cozinhas coletivas em cidades do Marajó","datePublished":"2025-04-09T17:15:33-03:00","dateModified":"2025-04-09T17:21:29.267-03:00","author":{"@type":"Person","name":"DOL","url":"/noticias/para/901683/mulheres-criam-cozinhas-coletivas-em-cidades-do-marajo"},"image":"/img/Artigo-Destaque/900000/imagemotimizada-17_00901683_0_.jpg?xid=3037087","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"A iniciativa é um o importante para transformar a realidade de mulheres agroextrativistasn dos municípios de Breves e Portel. Confira!","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;Quatro cozinhas coletivas est\\u0026#227;o em fase de implementa\\u0026#231;\\u0026#227;o em \\u0026#225;reas rurais dos munic\\u0026#237;pios de\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt; Portel e Breves\\u0026lt;/span\\u0026gt;, no arquip\\u0026#233;lago do Maraj\\u0026#243; (PA). A iniciativa faz parte do projeto Sanear Maraj\\u0026#243; e representa um o importante para transformar a realidade de mulheres agroextrativistas da regi\\u0026#227;o. Mais do que espa\\u0026#231;os de preparo de alimentos, essas cozinhas est\\u0026#227;o sendo pensadas como centros de inova\\u0026#231;\\u0026#227;o, gera\\u0026#231;\\u0026#227;o de renda, valoriza\\u0026#231;\\u0026#227;o da sociobiodiversidade e fortalecimento da autonomia feminina.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Realizado pelo Instituto Internacional de Educa\\u0026#231;\\u0026#227;o do Brasil (IEB), em parceria com o Fundo Amaz\\u0026#244;nia, Banco Nacional de Desenvolvimento Econ\\u0026#244;mico e Social (BNDES) e Funda\\u0026#231;\\u0026#227;o Banco do Brasil, o projeto aposta na cozinha como um lugar estrat\\u0026#233;gico, que rompe com a l\\u0026#243;gica hist\\u0026#243;rica de invisibilidade do trabalho dom\\u0026#233;stico. “O IEB concebe essas cozinhas coletivas agroextrativistas como ferramentas estrat\\u0026#233;gicas para novas possibilidades, rompendo com a vis\\u0026#227;o hist\\u0026#243;rica desse espa\\u0026#231;o como invis\\u0026#237;vel e desvalorizado devido \\u0026#224; divis\\u0026#227;o sexual do trabalho. Em vez disso, elas se afirmam como centros de conhecimento, fortalecimento da economia local e valoriza\\u0026#231;\\u0026#227;o social e econ\\u0026#244;mica dos produtos agroextrativistas”, afirma Waldileia Rendeiro, analista socioambiental e coordenadora da linha de g\\u0026#234;nero do IEB, em Bel\\u0026#233;m.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O objetivo \\u0026#233; potencializar o que as mulheres j\\u0026#225; fazem cotidianamente, refor\\u0026#231;ando a seguran\\u0026#231;a alimentar e ampliando as oportunidades de gera\\u0026#231;\\u0026#227;o de renda a partir de produtos locais. Para preparar os grupos que estar\\u0026#227;o \\u0026#224; frente dos empreendimentos, o IEB tem conduzido uma s\\u0026#233;rie de forma\\u0026#231;\\u0026#245;es no territ\\u0026#243;rio desde 2022.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A atividade mais recente ocorreu entre os dias 26 e 30 de mar\\u0026#231;o, quando cerca de 40 mulheres de Breves e Portel participaram da oficina “Modelo de Neg\\u0026#243;cios para Cozinhas Coletivas Agroextrativistas”. Ministrada por Lucia Tereza, analista socioambiental do IEB, a\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/para/889974/belem-e-palco-de-projeto-que-valoriza-a-culinaria-amazonica?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt; forma\\u0026#231;\\u0026#227;o abordou conceitos centrais sobre modelo de neg\\u0026#243;cios, proposta de valor e exemplos pr\\u0026#225;ticos aplic\\u0026#225;veis \\u0026#224; realidade local\\u0026lt;/a\\u0026gt;. “De modo geral, o modelo de neg\\u0026#243;cios ajuda a entender o empreendimento coletivo de forma panor\\u0026#226;mica e sintetizada. Traz informa\\u0026#231;\\u0026#245;es importantes como a proposta de valor, que diz respeito ao diferencial do que \\u0026#233; comercializado”, explica Lucia.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quer mais not\\u0026#237;cias sobre Par\\u0026#225;? \\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9IlAw2v1J02cbfQ31H\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;e nosso canal no WhatsApp\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Ela destaca ainda que, nas cozinhas sob gest\\u0026#227;o das mulheres, h\\u0026#225; valores impl\\u0026#237;citos que refor\\u0026#231;am o impacto do projeto: alimentos oriundos da agricultura familiar e do extrativismo, produzidos de forma coletiva, que promovem seguran\\u0026#231;a alimentar e nutricional, inova\\u0026#231;\\u0026#227;o nos sabores tradicionais, al\\u0026#233;m de autonomia econ\\u0026#244;mica e fortalecimento do territ\\u0026#243;rio.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Representante da Cozinha Mani, na comunidade Menino Deus Lega, em Portel, Eliz\\u0026#226;ngela Machado v\\u0026#234; nas capacita\\u0026#231;\\u0026#245;es um espa\\u0026#231;o de crescimento pessoal e coletivo. “Eu aprendi muito, principalmente sobre economia. Eu nunca tinha participado de um curso assim, foi muito proveitoso. A gente conhece pessoas novas, troca experi\\u0026#234;ncia. E o fortalecimento feminino \\u0026#233; muito bom na nossa comunidade”, relata.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Da cozinha Flor Ra\\u0026#237;z, em Monte Hermon (Portel), S\\u0026#244;nia Maria Rodrigues enfatiza a import\\u0026#226;ncia do conhecimento compartilhado. “A cozinha coletiva \\u0026#233; muito importante para n\\u0026#243;s, que somos agricultoras, produtoras e agroextrativistas da floresta. N\\u0026#243;s conseguimos aprender coisas que pens\\u0026#225;vamos ser t\\u0026#227;o dif\\u0026#237;ceis, e tudo se tornou mais f\\u0026#225;cil. J\\u0026#225; temos conhecimento e ainda estamos aprendendo muito mais”, destaca.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;As cozinhas coletivas agroextrativistas tamb\\u0026#233;m ampliam o o a mercados institucionais como o Programa de Aquisi\\u0026#231;\\u0026#227;o de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimenta\\u0026#231;\\u0026#227;o Escolar (PNAE). Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econ\\u0026#244;mica Aplicada (Ipea), publicado em janeiro de 2025, mostrou que ser fornecedor do PAA pode aumentar a renda dos agricultores entre 19% e 39%, e que a venda para o PNAE tem um impacto ainda maior, entre 23% e 106% — especialmente entre os agricultores de menor renda, p\\u0026#250;blico priorit\\u0026#225;rio dessas pol\\u0026#237;ticas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Edna Ara\\u0026#250;jo, integrante da cozinha Ra\\u0026#237;zes Marajoaras, que est\\u0026#225; sendo instalada pr\\u0026#243;xima \\u0026#224; Cooperativa da Agricultura Familiar Agroextrativista Regional (Cafar), em Breves, v\\u0026#234; na iniciativa uma \\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/para/895088/marajo-municipios-e-estado-se-alinham-para-enfrentar-desafios?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;oportunidade real de transforma\\u0026#231;\\u0026#227;o\\u0026lt;/a\\u0026gt;. “Aqui em Breves, 17 mulheres integram essa cozinha que representa um sonho realizado. Vamos poder processar alimentos e participar das chamadas p\\u0026#250;blicas para fornecer merenda escolar, para o PAA e tamb\\u0026#233;m para outras entidades que procurarem nossos pratos t\\u0026#237;picos. Isso vai fazer com que as mulheres tenham uma renda maior no seu grupo familiar”, afirma.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Durante o encerramento de uma forma\\u0026#231;\\u0026#227;o promovida em novembro de 2024, Edineide Barbosa, tamb\\u0026#233;m da Cafar, destacou que cerca de 70 fam\\u0026#237;lias da regi\\u0026#227;o j\\u0026#225; participam dos programas PAA e PNAE. Com a instala\\u0026#231;\\u0026#227;o das cozinhas, a expectativa \\u0026#233; ampliar esse alcance, por meio das tecnologias sociais implementadas pelo projeto.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A previs\\u0026#227;o \\u0026#233; que as cozinhas estejam finalizadas e em funcionamento ainda no primeiro semestre de 2025. O processo de constru\\u0026#231;\\u0026#227;o e forma\\u0026#231;\\u0026#227;o segue a l\\u0026#243;gica da constru\\u0026#231;\\u0026#227;o coletiva, a partir das pr\\u0026#225;ticas e saberes das pr\\u0026#243;prias mulheres que conduzem a transforma\\u0026#231;\\u0026#227;o em seus territ\\u0026#243;rios.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"agroextrativismo mulheres,cozinhas coletivas Marajó,fortalecimento feminino agricultura,geração de renda Breves,projeto Sanear Marajó,segurança alimentar Portel"}
plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 26°
cotação atual R$


home
VIDA COMUNITÁRIA

Mulheres criam cozinhas coletivas em cidades do Marajó

A iniciativa é um o importante para transformar a realidade de mulheres agroextrativistas dos municípios de Breves e Portel. Confira!

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Mulheres criam cozinhas coletivas em cidades do Marajó camera O objetivo é potencializar o que as mulheres já fazem cotidianamente, reforçando a segurança alimentar e ampliando as oportunidades de geração de renda a partir de produtos locais. | Foto: Divulgação/assessoria

Quatro cozinhas coletivas estão em fase de implementação em áreas rurais dos municípios de Portel e Breves, no arquipélago do Marajó (PA). A iniciativa faz parte do projeto Sanear Marajó e representa um o importante para transformar a realidade de mulheres agroextrativistas da região. Mais do que espaços de preparo de alimentos, essas cozinhas estão sendo pensadas como centros de inovação, geração de renda, valorização da sociobiodiversidade e fortalecimento da autonomia feminina.

Realizado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), em parceria com o Fundo Amazônia, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundação Banco do Brasil, o projeto aposta na cozinha como um lugar estratégico, que rompe com a lógica histórica de invisibilidade do trabalho doméstico. “O IEB concebe essas cozinhas coletivas agroextrativistas como ferramentas estratégicas para novas possibilidades, rompendo com a visão histórica desse espaço como invisível e desvalorizado devido à divisão sexual do trabalho. Em vez disso, elas se afirmam como centros de conhecimento, fortalecimento da economia local e valorização social e econômica dos produtos agroextrativistas”, afirma Waldileia Rendeiro, analista socioambiental e coordenadora da linha de gênero do IEB, em Belém.

O objetivo é potencializar o que as mulheres já fazem cotidianamente, reforçando a segurança alimentar e ampliando as oportunidades de geração de renda a partir de produtos locais. Para preparar os grupos que estarão à frente dos empreendimentos, o IEB tem conduzido uma série de formações no território desde 2022.

A atividade mais recente ocorreu entre os dias 26 e 30 de março, quando cerca de 40 mulheres de Breves e Portel participaram da oficina “Modelo de Negócios para Cozinhas Coletivas Agroextrativistas”. Ministrada por Lucia Tereza, analista socioambiental do IEB, a formação abordou conceitos centrais sobre modelo de negócios, proposta de valor e exemplos práticos aplicáveis à realidade local. “De modo geral, o modelo de negócios ajuda a entender o empreendimento coletivo de forma panorâmica e sintetizada. Traz informações importantes como a proposta de valor, que diz respeito ao diferencial do que é comercializado”, explica Lucia.

Quer mais notícias sobre Pará? e nosso canal no WhatsApp

Ela destaca ainda que, nas cozinhas sob gestão das mulheres, há valores implícitos que reforçam o impacto do projeto: alimentos oriundos da agricultura familiar e do extrativismo, produzidos de forma coletiva, que promovem segurança alimentar e nutricional, inovação nos sabores tradicionais, além de autonomia econômica e fortalecimento do território.

Representante da Cozinha Mani, na comunidade Menino Deus Lega, em Portel, Elizângela Machado vê nas capacitações um espaço de crescimento pessoal e coletivo. “Eu aprendi muito, principalmente sobre economia. Eu nunca tinha participado de um curso assim, foi muito proveitoso. A gente conhece pessoas novas, troca experiência. E o fortalecimento feminino é muito bom na nossa comunidade”, relata.

Da cozinha Flor Raíz, em Monte Hermon (Portel), Sônia Maria Rodrigues enfatiza a importância do conhecimento compartilhado. “A cozinha coletiva é muito importante para nós, que somos agricultoras, produtoras e agroextrativistas da floresta. Nós conseguimos aprender coisas que pensávamos ser tão difíceis, e tudo se tornou mais fácil. Já temos conhecimento e ainda estamos aprendendo muito mais”, destaca.

As cozinhas coletivas agroextrativistas também ampliam o o a mercados institucionais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), publicado em janeiro de 2025, mostrou que ser fornecedor do PAA pode aumentar a renda dos agricultores entre 19% e 39%, e que a venda para o PNAE tem um impacto ainda maior, entre 23% e 106% — especialmente entre os agricultores de menor renda, público prioritário dessas políticas.

Edna Araújo, integrante da cozinha Raízes Marajoaras, que está sendo instalada próxima à Cooperativa da Agricultura Familiar Agroextrativista Regional (Cafar), em Breves, vê na iniciativa uma oportunidade real de transformação. “Aqui em Breves, 17 mulheres integram essa cozinha que representa um sonho realizado. Vamos poder processar alimentos e participar das chamadas públicas para fornecer merenda escolar, para o PAA e também para outras entidades que procurarem nossos pratos típicos. Isso vai fazer com que as mulheres tenham uma renda maior no seu grupo familiar”, afirma.

Durante o encerramento de uma formação promovida em novembro de 2024, Edineide Barbosa, também da Cafar, destacou que cerca de 70 famílias da região já participam dos programas PAA e PNAE. Com a instalação das cozinhas, a expectativa é ampliar esse alcance, por meio das tecnologias sociais implementadas pelo projeto.

A previsão é que as cozinhas estejam finalizadas e em funcionamento ainda no primeiro semestre de 2025. O processo de construção e formação segue a lógica da construção coletiva, a partir das práticas e saberes das próprias mulheres que conduzem a transformação em seus territórios.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Pará

    Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias