Barco Papa Francisco alcança meio milhão de atendimentos no Pará

Nas águas escuras da região oeste paraense, um símbolo de solidariedade e cuidado tem atravessado rios e igarapés para levar esperança e saúde a quem mais precisa. O Barco Hospital Papa Francisco, que há quase seis anos percorre as comunidades ribeirinhas do Baixo Amazonas, Calha Norte, Xingu e Tapajós, tem sido um divisor de águas na vida de milhares de pessoas. Em suas expedições, o projeto já realizou mais de 526 mil atendimentos, tocando a vida de moradores de 17 municípios, com uma média de 3 mil atendimentos por viagem.

Com a missão de garantir o o à saúde em locais de difícil o, a iniciativa é fruto de uma parceria entre o Governo do Pará e a Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus. A embarcação leva médicos, equipamentos e toda uma equipe de voluntários que se dedicam a oferecer desde consultas e exames até cirurgias de média complexidade.

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A secretária de Estado de Saúde Pública, Ivete Vaz, ressaltou o impacto que a ação tem tido nas comunidades ribeirinhas. “O Barco Hospital Papa Francisco é mais do que uma embarcação - é um símbolo do cuidado que o Governo do Pará tem com as populações ribeirinhas. Em quase seis anos, já somamos mais de meio milhão de atendimentos, garantindo o a serviços de saúde essenciais para quem vive em regiões de difícil o. Inspirados pelo legado de acolhimento e amor ao próximo, deixado pelo Papa Francisco, seguimos firmes no compromisso de oferecer dignidade, assistência e qualidade de vida a quem mais precisa", afirmou Ivete Vaz.

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O projeto nasceu com a construção do barco financiada por uma indenização de dano moral coletivo resultante de um acordo entre o Tribunal Regional do Trabalho e a empresa Raízen Combustíveis. Desde a sua inauguração em 2019, a embarcação nunca mais parou, levando atendimento médico e assistencial aos mais necessitados da Amazônia.

HISTÓRIAS DE GRATIDÃO

Entre as histórias de gratidão, a dona Margarida Sousa Almeida, moradora da comunidade São Joaquim, em Oriximiná, expressou a importância do projeto. “Deus está mandando essa saúde para o nosso quilombo, é muito importante. Nós nunca tivemos essa oportunidade e agora temos vários tipos de atendimento aqui. Não só eu, mas todas as pessoas que foram atendidas gostaram muito”, contou ela.

A também moradora de Oriximiná, Nildece Sousa dos Santos, foi uma das muitas pessoas que se beneficiaram diretamente dos serviços do Barco Hospital, tendo realizado uma cirurgia a bordo da embarcação. “Só tenho a agradecer a esse povo que veio do Papa Francisco. São voluntários que vêm prestar esse trabalho aqui para nós, ribeirinhos do Rio Erepecuru”, disse Nildece.

SERVIÇOS MÉDICOS

O Barco Hospital oferece uma gama de serviços médicos, incluindo clínicas gerais, oftalmologia, pediatria, odontologia, além de exames laboratoriais e de imagem. Em caso de necessidade de atendimento especializado, os pacientes são encaminhados ao Sistema Único de Saúde para o tratamento adequado. Cada expedição é cuidadosamente planejada para atender às demandas específicas de cada comunidade visitada.

Frei Ezequiel Salvático, coordenador do projeto, destacou a relevância do nome do barco. “Aqui no Pará, as pessoas chamam os barcos apenas pelo nome. É muito interessante quando alguém relata que o Papa Francisco esteve na comunidade, esteve na casa daquela pessoa. O barco leva o nome de um Papa que tinha um olhar muito inclinado ao povo da Amazônia. Para nós, também é uma grande responsabilidade dar continuidade ao grande legado que este homem deixou”, afirmou.

INFRAESTRUTURA COMPLETA

Com uma infraestrutura completa, o Barco Hospital conta com consultórios médicos, centro cirúrgico, sala de exames oftalmológicos, laboratório de análises, e leitos de enfermaria, além de equipamentos de ponta como raio-X digital e ultrassom. Para atender a emergências, o projeto também utiliza duas ambulanchas que fazem triagens nas comunidades e prestam e para casos graves.

Em suas expedições, o Barco Hospital Papa Francisco continua a fazer a diferença para muitas famílias ribeirinhas, que agora podem contar com serviços médicos essenciais, graças a um projeto que traz o legado de solidariedade do Papa Francisco para a realidade da Amazônia.