
O bairro de São Brás é um daqueles lugares que nunca dormem. Seja durante o dia ou à noite, o movimento intenso no Terminal Rodoviário e do comércio dão o tom a rotina. O bairro pode não ser o maior de Belém, mas é, sem dúvidas, um dos mais movimentados e com uma dinâmica própria, reconhecida por quem vive, trabalha ou apenas a por ali.
Ricardo França, de 46 anos, conhece bem essa movimentação. Ele trabalha como vendedor ambulante na área há 11 anos, comercializando carregadores, fones de ouvido e outros órios próximo ao terminal. “Comecei vendendo dentro do ônibus picolé e bombom. Aí vim para cá em 2014, já com esse material aqui [carregador de celular], só que era pequeno, e daí fui sendo abençoado”, lembra.
Ricardo mora no bairro ao lado, na Terra Firme, trabalha todos os dias da semana, e afirma que escolheu São Brás como ponto fixo devido ao fluxo intenso de pessoas. “Aqui o movimento é maior, as vendas são melhores. É um bairro bom para se trabalhar e fazer amigos queridos; gosto bastante daqui”.
Margareth Viana, 61, integra essa engrenagem comercial de São Brás. O bairro também tem sua face hoteleira. Ela, gerente de um hotel na avenida Cipriano Santos, trabalha há 11 anos no local e reconhece a importância da localização estratégica para o fluxo de turistas e viajantes. “Aqui eu fiz amizades e aprendi muito sobre o ramo da hotelaria”, compartilha. Para quem visita Belém, Margareth costuma indicar pontos turísticos da cidade, e reforça que “a rotina no bairro tem seu próprio ritmo e dinamismo, como o Mercado de São Brás”.

Para Marielza Santos, de 48, São Brás tem um significado ainda mais especial, por ser moradora do bairro e, atualmente, é onde trabalha também. A autônoma começou a vender café no bairro durante a pandemia, após o fechamento do salão de beleza onde trabalhava. “Moro aqui próximo e estamos diariamente aqui. Essa barraca é noite e dia. É um bairro bom, com bastante movimento, e graças a Deus, proporciona uma fonte de renda para mim e para os meus. É especial, aqui me encontrei”, comenta.
O bairro também abriga vários comércios, como o de roupas. Jeane Barroso, de 34 anos, explica que o espaço tem um público diversificado e fiel. “A gente recebe clientes de vários cantos da cidade, gente que desce do ônibus e já aproveita para comprar alguma coisa antes de seguir o caminho”, relata.

Quer saber mais notícias do Pará? e nosso canal no Whatsapp
Jeane sai do bairro Sideral todos os dias, mas tem o bairro como uma segunda casa. “Sou do Marajó, mas já tenho uma relação aqui [com o bairro] de mais de 10 anos, já fui e já voltei. Estou de volta há 7 meses, mais ou menos, e praticamente moro já, muito da minha história está aqui, porque o boa parte do tempo”, diz.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. e: dol-br.noticiasalagoanas.com/n/828815.
Comentar