{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/santarem/650028/universitario-e-condenado-por-racismo-em-live-no-para","headline":"Universitário\r\né condenado por racismo em live no Pará","datePublished":"2021-04-23T19:27:16-03:00","dateModified":"2021-04-23T22:30:53-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Com informações do MPF","url":"/noticias/santarem/650028/universitario-e-condenado-por-racismo-em-live-no-para"},"image":"/img/Artigo-Destaque/650000/ufopa1_00650028_0_.jpg?xid=1509186","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"A Justiça Federal condenou a dois anos de prisão e multa um estudante da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), denunciado em 2018 pelo Ministério Público Federal (MPF), pelo crime de racismo.","articleBody":"\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;A Justi\\u0026#231;a\\r\\nFederal condenou a dois anos de pris\\u0026#227;o e multa um estudante da Universidade Federal\\r\\ndo Oeste do Par\\u0026#225; (Ufopa), denunciado em 2018 pelo Minist\\u0026#233;rio P\\u0026#250;blico Federal\\r\\n(MPF), pelo crime de racismo.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;O\\r\\nuniversit\\u0026#225;rio fez um coment\\u0026#225;rio racista na p\\u0026#225;gina da universidade no Facebook,\\r\\ndurante uma transmiss\\u0026#227;o ao vivo que mostrava ritual ind\\u0026#237;gena em Santar\\u0026#233;m, oeste\\r\\nparaense, de recep\\u0026#231;\\u0026#227;o dos calouros ind\\u0026#237;genas e quilombolas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.diarioonline.com.br/noticias/brasil/615465/homem-e-vitima-de-racismo-dentro-de-shopping-e-reage\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;Homem \\u0026#233; v\\u0026#237;tima de racismo dentro de shopping e reage\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.diarioonline.com.br/noticias/brasil/620596/video-crianca-chora-ao-sofrer-racismo-em-partida-de-futebol-por-parte-de-tecnico-rival\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;V\\u0026#237;deo: crian\\u0026#231;a chora ao sofrer racismo em partida de futebol por parte de t\\u0026#233;cnico rival\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;A senten\\u0026#231;a\\r\\nfoi proferida pela Justi\\u0026#231;a Federal no \\u0026#250;ltimo dia 18, e divulgada pelo MPF nesta\\r\\nsexta-feira (23).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p style=\\u0026quot;\\u0026quot;\\u0026gt;O crime\\r\\nocorreu em 11 de maio de 2018. 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RACISMO É CRIME

Universitário é condenado por racismo em live no Pará

Condenado foi denunciado pelo MPF

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Imagem ilustrativa da notícia Universitário
é condenado por racismo em live no Pará camera Recepção aos novos estudantes indígenas e quilombolas na Ufopa | Josemir Moreira/UFOPA

A Justiça Federal condenou a dois anos de prisão e multa um estudante da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), denunciado em 2018 pelo Ministério Público Federal (MPF), pelo crime de racismo.

O universitário fez um comentário racista na página da universidade no Facebook, durante uma transmissão ao vivo que mostrava ritual indígena em Santarém, oeste paraense, de recepção dos calouros indígenas e quilombolas.

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A sentença foi proferida pela Justiça Federal no último dia 18, e divulgada pelo MPF nesta sexta-feira (23).

O crime ocorreu em 11 de maio de 2018. O aluno Francisco Albertino Ribeiro dos Santos escreveu o seguinte comentário durante a transmissão: “Povo besta se fazendo de coitado. Levanta a cabeça e estuda. Mostra que embaixo dessa pele negra tem cérebro e não um estômago faminto”.

“(...) inconteste que o acusado, ainda que de forma velada, por meio da mensagem publicada em rede social, praticou conduta discriminatória e preconceituosa em face de segmento social específico, utilizando-se, de modo reprovável, de elementos de cor da pele para promover a distinção, objetivando inferiorizar tais indivíduos. As expressões e os adjetivos desqualificadores e preconcebidos utilizados na postagem denotam a intenção de discriminar”, registrou na sentença o juiz federal Clécio Alves de Araújo.

Como a pena privativa de liberdade pôde ser enquadrada nos casos em que o Código Penal permite a substituição por penas restritivas de direitos, a Justiça Federal converteu a pena de prisão na pena de prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, mais o pagamento de cinco salários mínimos a entidade social.

DETALHES DA DENÚNCIA

Na ação criminal o MPF destacou que “o comentário proferido pelo denunciado, e os termos utilizados, ao menosprezarem suas inteligências e tratá-los como ‘famintos’, além de inferiorizante, traz à tona realidades que o Estado brasileiro tende a ultraar, e vai de encontro aos esforços sociais e institucionais que visam ao combate da discriminação e à justiça social”.

“Em tempos como o presente, em que a intolerância e o ódio são amplamente disseminados nas redes sociais, sobretudo por um dos candidatos à presidência da República nas eleições gerais de 2018 e por vários de seus apoiadores, a presente denúncia, além de visar a punição do acusado no caso específico destes autos, tenciona alertar a sociedade brasileira que não há invisibilidade de crimes eventualmente cometidos no meio cibernético. Busca alertar, ainda, pela necessidade de se cultivar práticas cotidianas de maior empatia e respeito à diversidade, em todas as suas formas”, complementou o texto da ação, ajuizada em outubro de 2018.

O MPF lembrou, ainda, que a Ufopa tem um papel fundamental na promoção da igualdade étnico-racial por receber, por meio de ações afirmativas, um grande contingente de alunos indígenas e quilombolas.

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