Veja quais profissões estão em alta e quais podem acabar

Elaborado pelo Fórum Econômico Mundial com o apoio da Fundação Dom Cabral, o relatório “O Futuro do Trabalho 2023” mostra quais profissões estão em alta e quais devem acabar. O mesmo levantamento indica a expectativa da criação de 69 milhões de empregos nos próximos cinco anos, ao tempo em que 83 milhões de postos poderão ser eliminados nesse mesmo período, principalmente por causa da digitalização e automação.

As áreas de tecnologia e economia verde são as que mais se destacam na geração de empregos. As oportunidades que mais crescem são: especialistas em Inteligência Artificial (IA) e aprendizado de máquina, especialistas em sustentabilidade, analistas de inteligência de negócios e especialistas em segurança da informação.

Ana Alice Nunes é consultora autônoma de Recursos Humanos e membro da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e confirma: as profissões estão mudando, estão se adaptando às mudanças que estão acontecendo em nível mundial devido ao avanço da tecnologia e da robótica. “Há expectativa de que, até 2030, as energias renováveis gerem mais de 38 milhões de empregos no mundo”, informa.

Se o emprego muda, também é preciso que haja mudanças no empregado e no empregador, defende ela. “Precisamos nos reinventar, a criatividade a a ser de extrema relevância em todas as profissões. Esse impacto é global, então é evidente que irá afetar o Pará e já está afetando. A tecnologia é fundamental às profissões e o profissional que não tem essa habilidade vai ficar à margem”, alerta.

Ana Alice destaca a vertente de sustentabilidade/meio ambiente como em crescimento, muito em função de uma ampla conscientização sobre a importância da preservação, da importância de manter um ambiente sadio às futuras gerações.

“Já deveríamos ser mais atuantes nesse sentido, mas tenho certeza que estamos nos conscientizando cada vez mais. Esse olhar para a criação de empregos verdes de matriz energética com quase 50% de energia renovável e o potencial da economia verde podem alavancar o desenvolvimento do Brasil nos próximos anos, com uma geração de emprego cada vez mais sustentável”, projeta.

O Brasil já responde por 10% dos empregos verdes no mundo, já ocupa o segundo lugar na geração de emprego na indústria solar, energia, hidrelétrica e eólica segundo dados da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês).

A área, em franca expansão, pode ser uma excelente opção para quem está em busca de uma profissão, quer ampliar novos horizontes ou quer adicionar algo à profissão e aliar com essa vertente, recomenda a consultora de RH.

“Penso que as profissões precisam se adaptar a essas mudanças como tecnologias, robótica, com esse olhar do meio ambiente, da sustentabilidade. O profissional deve buscar desenvolver novos serviços, processos, produtos considerando sempre o impacto ambiental de suas ações. Nesse momento, deve ganhar força a atuação de profissões que atuam diretamente com esse olhar, tais como ecologista, biólogo, gerente de sustentabilidade, consultor de energia, especialista em meio ambiente, saúde e segurança (EHS), engenheiro florestal, engenheiro de energia renovável e eco-construtor”, finaliza Ana Alice.

Saiba mais

Principais postos de trabalho com mais criação de vagas

- Especialistas em IA e aprendizagem de máquina

- Especialista em sustentabilidade

- Analista em inteligência de negócios

-Analista de segurança da informação

- Engenharia de fintechs

- Cientistas e analistas de dados

- Engenharia de robótica

- Especialista em big data

- Operadores de equipamentos agrícolas

- Especialistas em transformação digital

Principais postos de trabalho que devem desaparecer

- Caixas de banco e funcionários relacionados

- Funcionários dos Correios

- Caixas e cobradores

- Escriturários de entrada de dados

- Secretários istrativos e executivos

- Assistentes de registro de produtos e estoque

- Escriturários de contabilidade

- Legisladores e oficiais judiciários

- Atendentes estatísticos, financeiros e de seguros

- Vendedores de porta em porta, ambulantes e trabalhadores relacionados

Fonte: O Futuro do Trabalho 2023