Tá podre? Saiba coisas que podem deixar você fedendo

A maioria da população brasileira preza por hábitos de higiene para estarem sempre limpos e cheirosos em diversos ambientes. Mas o que muitas pessoas não sabem é que algumas coisas involuntárias acabam causando mau cheiro, e faz com que a pessoa nem perceba que está cheirando mal.

Você sabia que alguns alimentos tem impacto direto no odor corporal e principalmente no hálito, mas outras coisas bem complexas podem afetar o cheiro. Condições de saúde, emoções e até mesmo opiniões políticas podem afetar o odor de uma pessoa.

Carne: O consumo excessivo de carne pode influenciar o odor corporal, conforme demonstrado por um estudo que analisou o aroma de dois grupos de homens: um que consumiu carne e outro que não. Após a análise realizada por um grupo de mulheres, os homens que abstiveram-se de carne foram avaliados como "consideravelmente mais atraentes, agradáveis e menos intensos".

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Apneia do sono: A apneia do sono ocorre principalmente quando a respiração cessa durante o sono. Além de impactar a qualidade do sono, essa condição também pode resultar em mau hálito ao acordar. Isso ocorre porque é mais provável que você respire pela boca, o que, consequentemente, facilita a criação de bactérias causadoras de halitose.

Você sabia que as visões políticas também impactam no cheiro. Uma pesquisa que envolveu dois grupos de controle, caracterizados por crenças liberais ou conservadoras, revelou que as pessoas consideraram o odor corporal mais atraente quando proveniente de indivíduos com visões políticas semelhantes. Uma pessoa descreveu o odor de alguém com as mesmas opiniões políticas como "o melhor perfume", enquanto outra descreveu o cheiro de uma pessoa com crenças políticas opostas como "rançoso".

Diabetes: Desenvolver uma condição como o diabetes pode ter impacto no odor da sua respiração. O "hálito de acetona" surge devido à cetoacidose diabética, um estado em que o organismo a a produzir cetonas, ácidos presentes no sangue. Esse odor característico é um sinal alarmante de que o corpo está enfrentando uma deficiência significativa de insulina. Portanto, se você é diabético e percebe um aroma frutado semelhante a acetona na sua respiração, é crucial buscar assistência médica imediatamente.

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Estresse: O estresse pode causar mau odor? Sim, pode. As glândulas apócrinas, presentes em áreas onde o cabelo corporal cresce, como as axilas, são um tipo de glândula sudorípara que pode contribuir para a produção de um odor pronunciado. Essas glândulas tornam-se mais ativas durante períodos de estresse, e as bactérias que interagem com o suor podem gerar substâncias químicas que resultam em um odor desagradável.

Comidas picantes: As pimentas contêm capsaicina, que é um químico que realmente faz você se sentir quente. O culpado, porém, é geralmente o alho e a cebola usados nesses pratos.

Alho e cebola: O alho e a cebola liberam compostos químicos semelhantes ao enxofre quando digeridos, que são liberados pelos poros da sua pele e pela respiração. Aparentemente, existe uma maneira de neutralizar o hálito de alho. Você pode fazer isso comendo maçãs cruas. Hortelã e alface também podem ajudar.

Verduras crucíferas: Brócolis, couve-flor e repolho também podem afetar seu odor. Esses vegetais também têm elementos químicos contendo enxofre que são liberados através dos seus poros. Os vegetais crucíferos são muito ricos nutricionalmente, portanto, eliminá-los de sua dieta pode não ser uma boa ideia. Pré-fervê-los em água salgada antes de cozinhá-los pode ajudar a neutralizar os químicos que causam o mau cheiro.

Roupas de ginástica: O tipo de tecido que você veste pode influenciar o desenvolvimento bacteriano e, por conseguinte, afetar o odor quando você transpira. Uma pesquisa examinou camisetas de 26 participantes (algumas de algodão e outras de poliéster) após uma sessão de ciclismo. As camisetas foram incubadas por 28 horas antes de arem por análises. A análise descobriu que as camisetas feitas de poliéster permitiam a proliferação de mais bactérias produtoras de odor quando comparadas às peças de algodão e "cheiravam significativamente menos agradável e mais intenso"

Tricomicose: Trata-se de uma infecção bacteriana que comumente impacta as axilas e regiões onde há crescimento de pelos corporais, como a virilha. Embora essa condição geralmente não cause dor, pode resultar em sudorese e, de fato, gerar um odor pronunciado. Normalmente, o tratamento inclui manter a área limpa e seca, raspar os pelos (que estão sendo destruídos pelas bactérias) e usar cremes antibióticos tópicos (às vezes também são necessários remédios orais).

Cera de ouvido: Sim, um acúmulo excessivo de cera de ouvido pode resultar em um odor desagradável. No entanto, é importante destacar que um cheiro fétido costuma ser um indicativo de obstrução ou até mesmo de uma infecção, ambos problemas íveis de tratamento. Outra possível causa pode ser o colesteatoma, um crescimento benigno da pele que geralmente se forma atrás do tímpano e pode provocar odores desagradáveis na cera de ouvido.

Medo: Certamente já ouvimos falar que as pessoas "podem sentir o cheiro do medo", e isso tem fundamento! Uma pesquisa examinou amostras de odor de dois grupos de mulheres que assistiram a um filme de terror ou a um filme neutro. As amostras das participantes que assistiram ao filme de terror foram avaliadas como mais "agressivas", intensas e globalmente menos agradáveis em comparação com as amostras das mulheres que assistiram ao filme neutro.

A culpa é de quem sente o cheiro? E se o odor for algo que apenas a própria pessoa que está cheirando consegue detectar? Um composto químico chamado androstenona, presente no suor masculino, não possui uma fragrância uniforme para todos. Uma pesquisa revelou que a percepção da androstenona é amplamente influenciada por um gene específico. Enquanto algumas pessoas a consideram com odor semelhante a urina, outras a percebem como aroma de baunilha, ou até mesmo sem odor algum.

Idade: À medida que envelhecemos, a nossa fragrância melhora. Com o ar do tempo, o nosso odor torna-se menos intenso. Parece que o que é comumente associado ao "cheiro de velhice" está, provavelmente, mais relacionado a fatores externos do que à própria essência pessoal.