{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/brasil/883019/declaracao-g20-pede-trabalho-decente-e-soberania-alimentar","headline":"Declaração G20: pede trabalho decente e soberania alimentar","datePublished":"2024-11-16T14:48:20.423-03:00","dateModified":"2024-11-16T14:48:08.23-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Mayra Monteiro","url":"/noticias/brasil/883019/declaracao-g20-pede-trabalho-decente-e-soberania-alimentar"},"image":"/img/Artigo-Destaque/880000/G20-2_00883019_0_.jpg?xid=2959446","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"O G20 Social no Brasil integrou a sociedade civil nas discussões globais, abordando fome, pobreza e sustentabilidade em busca de um futuro melhor.","articleBody":"\\u0026lt;p\\u0026gt;O Brasil sediou a primeira edi\\u0026#231;\\u0026#227;o do G20 Social, uma iniciativa in\\u0026#233;dita que buscou incorporar a sociedade civil nas discuss\\u0026#245;es do f\\u0026#243;rum global. O evento ocorreu de quinta-feira (14) a s\\u0026#225;bado (16), reunindo representantes de movimentos sociais, organiza\\u0026#231;\\u0026#245;es internacionais, universidades, governos, setor privado e outros grupos do Brasil e do exterior.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A pluralidade de vozes que construiu o G20 Social ao longo da presid\\u0026#234;ncia brasileira do G20 divulgou na manh\\u0026#227; deste s\\u0026#225;bado (16) o documento final do encontro, que traz propostas aos l\\u0026#237;deres mundiais nas \\u0026#225;reas de combate \\u0026#224; fome, sustentabilidade e reforma da governan\\u0026#231;a global.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;As propostas foram sistematizadas e definidas por consenso entre os participantes para serem entregues ao presidente Luiz In\\u0026#225;cio Lula da Silva no encerramento da C\\u0026#250;pula Social, neste s\\u0026#225;bado. O presidente brasileiro vai rear as demandas aos l\\u0026#237;deres do G20, grupo que re\\u0026#250;ne as 19 maiores economias do planeta, mais a Uni\\u0026#227;o Europeia e a Uni\\u0026#227;o Africana.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h2\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;Conte\\u0026#250;dos relacionados:\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h2\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/para/881302/g20-em-belem-propostas-de-paises-convidados-sao-divulgadas?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;G20 em Bel\\u0026#233;m: propostas de pa\\u0026#237;ses convidados s\\u0026#227;o divulgadas\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;a href=\\u0026quot;/noticias/brasil/882848/ativista-diz-que-g20-rejeita-questoes-de-genero-e-raca?d=1\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;Ativista diz que G20 rejeita quest\\u0026#245;es de g\\u0026#234;nero e ra\\u0026#231;a\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Os 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social s\\u0026#227;o: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ci\\u0026#234;ncias); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Al\\u0026#233;m das atividades desenvolvidas pelos 13 grupos de engajamento, o G20 Social tamb\\u0026#233;m incluiu pela primeira vez encontros entre as trilhas pol\\u0026#237;tica (Trilha de Sherpas), financeira (Trilha de Finan\\u0026#231;as) e os grupos de engajamento.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Quer saber mais not\\u0026#237;cias do Brasil? \\u0026lt;a href=\\u0026quot;https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9IlAw2v1J02cbfQ31H\\u0026quot; target=\\u0026quot;_blank\\u0026quot; data-rel-defined=\\u0026quot;true\\u0026quot;\\u0026gt;e nosso canal no Whatsapp\\u0026lt;/a\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h3\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold;\\u0026quot;\\u0026gt;Veja a carta na \\u0026#237;ntegra:\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;A C\\u0026#250;pula Social do G20, reunida entre os dias 14 e 16 de novembro, no Rio de Janeiro, ao final do amplo processo de participa\\u0026#231;\\u0026#227;o do G20 Social, convocado pela Presid\\u0026#234;ncia Brasileira do G20, dirige aos l\\u0026#237;deres mundiais, que se reunir\\u0026#227;o entre os dias 18 e 19 de novembro, na C\\u0026#250;pula do C20, a seguinte DECLARA\\u0026#199;\\u0026#195;O sobre as principais propostas da sociedade civil global, consensuadas durante os trabalhos realizados ao longo do ano, em torno dos tr\\u0026#234;s temas centrais da presid\\u0026#234;ncia brasileira do G20:\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;ul\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Combate \\u0026#224; Fome, \\u0026#224; Pobreza e \\u0026#224; Desigualdade;\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Sustentabilidade, Mudan\\u0026#231;as do Clima e Transi\\u0026#231;\\u0026#227;o Justa;\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;li\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Reforma da Governan\\u0026#231;a Global;\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/li\\u0026gt;\\u0026lt;/ul\\u0026gt;\\u0026lt;h3\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold; font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;QUEM SOMOS E DE ONDE FALAMOS:\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Representamos movimentos sociais e organiza\\u0026#231;\\u0026#245;es da sociedade civil do Brasil e do mundo, reunidos ao final de intensos processos participativos, que buscaram dar voz aos mais diversos segmentos da sociedade global, frequentemente impactados, mas raramente ouvidos nas grandes decis\\u0026#245;es geopol\\u0026#237;ticas e macroecon\\u0026#244;micas conduzidas por um seleto grupo de mandat\\u0026#225;rios.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Durante esses meses de trabalho, buscamos incorporar as demandas, reivindica\\u0026#231;\\u0026#245;es e propostas historicamente constru\\u0026#237;das pelas organiza\\u0026#231;\\u0026#245;es e movimentos de mulheres, negros e negras, povos origin\\u0026#225;rios e ind\\u0026#237;genas, comunidades tradicionais, pessoas com defici\\u0026#234;ncias, LGBTQIA+, jovens, crian\\u0026#231;as, adolescentes, pessoas idosas, popula\\u0026#231;\\u0026#245;es deslocadas ou em situa\\u0026#231;\\u0026#227;o de rua, migrantes, refugiados e ap\\u0026#225;tridas, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, da economia formal, informal, solid\\u0026#225;ria e de cuidados. Todos clamando por uma reforma da governan\\u0026#231;a global que assegure o fim dos conflitos armados, o desenvolvimento e a justi\\u0026#231;a socioambiental para si e para todo o planeta.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h3\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-weight: bold; font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;COMBATE \\u0026#192; FOME, \\u0026#192; POBREZA E \\u0026#192; DESIGUALDADE\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Em car\\u0026#225;ter de urg\\u0026#234;ncia e prioridade m\\u0026#225;xima, \\u0026#233; imperiosa a ades\\u0026#227;o de todos os pa\\u0026#237;ses do G20 e outros Estados, \\u0026#224; iniciativa da Alian\\u0026#231;a Global contra a Fome e a Pobreza. Em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustent\\u0026#225;vel da Agenda 2030 da ONU, essa alian\\u0026#231;a deve promover a coopera\\u0026#231;\\u0026#227;o e a intercoopera\\u0026#231;\\u0026#227;o entre pa\\u0026#237;ses e organismos internacionais, estabelecendo um fundo espec\\u0026#237;fico para financiar pol\\u0026#237;ticas p\\u0026#250;blicas e programas de combate \\u0026#224; fome, de forma a garantir o o universal \\u0026#224; alimenta\\u0026#231;\\u0026#227;o adequada.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Defendemos a soberania alimentar, a partir da produ\\u0026#231;\\u0026#227;o de alimentos saud\\u0026#225;veis, como um pilar para erradicar o flagelo da fome em cada na\\u0026#231;\\u0026#227;o e no plano global. Os povos devem ter reconhecido o direito de o democratizado \\u0026#224; terra e \\u0026#224; \\u0026#225;gua, de controlar sua pr\\u0026#243;pria produ\\u0026#231;\\u0026#227;o e distribui\\u0026#231;\\u0026#227;o de alimentos, com \\u0026#234;nfase em pr\\u0026#225;ticas agroecol\\u0026#243;gicas e de preserva\\u0026#231;\\u0026#227;o do meio ambiente. A promo\\u0026#231;\\u0026#227;o de uma alimenta\\u0026#231;\\u0026#227;o saud\\u0026#225;vel deve ser central para assegurar justi\\u0026#231;a socioambiental, garantindo que todos os grupos sociais, independentemente de ra\\u0026#231;a, classe, g\\u0026#234;nero ou origem, tenham o igualit\\u0026#225;rio aos benef\\u0026#237;cios ambientais, respeitando as culturas alimentares tedineea e evitando a mercantiliza\\u0026#231;\\u0026#227;o dos recursos naturais.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Reafirmamos a centralidade do trabalho decente, conforme os padr\\u0026#245;es da OIT, como elemento essencial na supera\\u0026#231;\\u0026#227;o da pobreza e das desigualdades. \\u0026#201; crucial combater o trabalho escravo, infantil, o tr\\u0026#225;fico humano e todas as demais formas de explora\\u0026#231;\\u0026#227;o e de precariza\\u0026#231;\\u0026#227;o do trabalho. Enfatizamos a defesa da formaliza\\u0026#231;\\u0026#227;o do mercado de trabalho e de economias inclusivas e contra-hegem\\u0026#244;nicas, como a economia popular e solid\\u0026#225;ria, cooperativas, cozinhas solid\\u0026#225;rias e o reconhecimento e valoriza\\u0026#231;\\u0026#227;o da economia de cuidados. \\u0026#201; essencial assegurar que todos, especialmente jovens, popula\\u0026#231;\\u0026#227;o negra, mulheres e os mais vulner\\u0026#225;veis, tenham o a empregos dignos, sistemas de seguridade e prote\\u0026#231;\\u0026#227;o social e \\u0026#224; amplia\\u0026#231;\\u0026#227;o dos direitos sindicais.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;SUSTENTABILIDADE, MUDAN\\u0026#199;AS DO CLIMA E TRANSI\\u0026#199;\\u0026#195;O JUSTA\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Os mesmos dilemas que atingem milh\\u0026#245;es de pessoas v\\u0026#237;timas da fome, das desigualdades e da pobreza refletem-se no descompromisso da maioria dos pa\\u0026#237;ses desenvolvidos e de suas elites com o enfrentamento das mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas e o aquecimento global. As popula\\u0026#231;\\u0026#245;es mais afetadas pela fome e pela pobreza s\\u0026#227;o as que mais sofrem com as emerg\\u0026#234;ncias clim\\u0026#225;ticas e desastres naturais, que se tornam mais intensos e frequentes em todo o mundo.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Reiteramos a urg\\u0026#234;ncia de enfrentar as mudan\\u0026#231;as clim\\u0026#225;ticas, com respeito \\u0026#224; ci\\u0026#234;ncia e os conhecimentos tradicionais dos nossos povos, destacando a import\\u0026#226;ncia dos compromissos de adapta\\u0026#231;\\u0026#227;o e mitiga\\u0026#231;\\u0026#227;o no \\u0026#226;mbito da Contribui\\u0026#231;\\u0026#227;o Nacionalmente Determinada (NDC) e do Acordo de Paris. \\u0026#201; uma exig\\u0026#234;ncia \\u0026#233;tica que os l\\u0026#237;deres mundiais assumam um compromisso firme com a redu\\u0026#231;\\u0026#227;o de emiss\\u0026#245;es de gases de efeito estufa e do desmatamento, bem como a prote\\u0026#231;\\u0026#227;o dos oceanos, condi\\u0026#231;\\u0026#245;es essenciais para limitar o aquecimento global a 1,5\\u0026#176;C e evitar danos irrevers\\u0026#237;veis ao planeta.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;A transi\\u0026#231;\\u0026#227;o justa, como processo de transforma\\u0026#231;\\u0026#227;o socioecon\\u0026#244;mica para um modelo sustent\\u0026#225;vel, deve ser o princ\\u0026#237;pio norteador para substituir o modelo de produ\\u0026#231;\\u0026#227;o baseado em combust\\u0026#237;veis f\\u0026#243;sseis por uma economia de baixo carbono. Essa transforma\\u0026#231;\\u0026#227;o precisa enfrentar a exclus\\u0026#227;o social, a pobreza energ\\u0026#233;tica e o racismo ambiental, e garantir condi\\u0026#231;\\u0026#245;es equitativas para trabalhadores e trabalhadoras, pessoas negras e comunidades vulner\\u0026#225;veis. Refor\\u0026#231;amos que essa transi\\u0026#231;\\u0026#227;o exige um e forco alevante de educa\\u0026#231;\\u0026#227;o ambiental, participa\\u0026#231;\\u0026#227;o social e forma\\u0026#231;\\u0026#227;o cidad\\u0026#227;.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Precisamos refor\\u0026#231;ar, tamb\\u0026#233;m, a prote\\u0026#231;\\u0026#227;o de nossas florestas tropicais atrav\\u0026#233;s da cria\\u0026#231;\\u0026#227;o do Fundo Floresta Tropical para Sempre (TFFF), um mecanismo de financiamento internacional dedicado \\u0026#224; sua prote\\u0026#231;\\u0026#227;o e inclus\\u0026#227;o socioprodutiva das popula\\u0026#231;\\u0026#245;es que delas vivem e as mant\\u0026#233;m em p\\u0026#233;. Este fundo, somado a um Novo Objetivo Quantificado Coletivo (NCQG) de financiamento clim\\u0026#225;tico, fortalecer\\u0026#225; a articula\\u0026#231;\\u0026#227;o global necess\\u0026#225;ria para preservar o meio ambiente, garantindo o apoio financeiro cont\\u0026#237;nuo para conservar a biodiversidade e enfrentar a crise clim\\u0026#225;tica de forma eficaz.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;REFORMA DA GOVERNAN\\u0026#199;A GLOBAL\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Para atingir esses objetivos, reivindicamos a necess\\u0026#225;ria e inadi\\u0026#225;vel reforma do modelo atual de governan\\u0026#231;a global, que j\\u0026#225; se mostrou incapaz de oferecer respostas aos desafios contempor\\u0026#226;neos e a manuten\\u0026#231;\\u0026#227;o da paz.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Assim, enfatizamos a necessidade inadi\\u0026#225;vel de reforma das institui\\u0026#231;\\u0026#245;es internacionais para que reflitam a realidade geopol\\u0026#237;tica contempor\\u0026#226;nea, com a promo\\u0026#231;\\u0026#227;o do multilateralismo e amplia\\u0026#231;\\u0026#227;o da participa\\u0026#231;\\u0026#227;o dos governos e povos dos pa\\u0026#237;ses do Sul Global nos f\\u0026#243;runs decis\\u0026#243;rios. Em especial, a reforma do Conselho de Seguran\\u0026#231;a da ONU \\u0026#233; imprescind\\u0026#237;vel para garantir a diversidade de vozes globais e promover solu\\u0026#231;\\u0026#245;es mais equilibradas e eficazes frente aos desafios atuais.\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-style: italic;\\u0026quot;\\u0026gt;Defendemos que esta reforma abrace a premissa da promo\\u0026#231;\\u0026#227;o da democracia e da da participa\\u0026#231;\\u0026#227;o da sociedade civil. 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Declaração G20: pede trabalho decente e soberania alimentar

Acompanhe na íntegra a declaração do G20 Social no Brasil que integrou a sociedade civil nas discussões globais, abordando fome, pobreza e sustentabilidade em busca de um futuro melhor.

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Imagem ilustrativa da notícia Declaração G20: pede trabalho decente e soberania alimentar camera As propostas foram sistematizadas e definidas por consenso entre os participantes | Tomaz Silva/ Agência Brasil

O Brasil sediou a primeira edição do G20 Social, uma iniciativa inédita que buscou incorporar a sociedade civil nas discussões do fórum global. O evento ocorreu de quinta-feira (14) a sábado (16), reunindo representantes de movimentos sociais, organizações internacionais, universidades, governos, setor privado e outros grupos do Brasil e do exterior.

A pluralidade de vozes que construiu o G20 Social ao longo da presidência brasileira do G20 divulgou na manhã deste sábado (16) o documento final do encontro, que traz propostas aos líderes mundiais nas áreas de combate à fome, sustentabilidade e reforma da governança global.

As propostas foram sistematizadas e definidas por consenso entre os participantes para serem entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encerramento da Cúpula Social, neste sábado. O presidente brasileiro vai rear as demandas aos líderes do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana.

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Os 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social são: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).

Além das atividades desenvolvidas pelos 13 grupos de engajamento, o G20 Social também incluiu pela primeira vez encontros entre as trilhas política (Trilha de Sherpas), financeira (Trilha de Finanças) e os grupos de engajamento.

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Veja a carta na íntegra:

A Cúpula Social do G20, reunida entre os dias 14 e 16 de novembro, no Rio de Janeiro, ao final do amplo processo de participação do G20 Social, convocado pela Presidência Brasileira do G20, dirige aos líderes mundiais, que se reunirão entre os dias 18 e 19 de novembro, na Cúpula do C20, a seguinte DECLARAÇÃO sobre as principais propostas da sociedade civil global, consensuadas durante os trabalhos realizados ao longo do ano, em torno dos três temas centrais da presidência brasileira do G20:

  • Combate à Fome, à Pobreza e à Desigualdade;
  • Sustentabilidade, Mudanças do Clima e Transição Justa;
  • Reforma da Governança Global;

QUEM SOMOS E DE ONDE FALAMOS:

Representamos movimentos sociais e organizações da sociedade civil do Brasil e do mundo, reunidos ao final de intensos processos participativos, que buscaram dar voz aos mais diversos segmentos da sociedade global, frequentemente impactados, mas raramente ouvidos nas grandes decisões geopolíticas e macroeconômicas conduzidas por um seleto grupo de mandatários.

Durante esses meses de trabalho, buscamos incorporar as demandas, reivindicações e propostas historicamente construídas pelas organizações e movimentos de mulheres, negros e negras, povos originários e indígenas, comunidades tradicionais, pessoas com deficiências, LGBTQIA+, jovens, crianças, adolescentes, pessoas idosas, populações deslocadas ou em situação de rua, migrantes, refugiados e apátridas, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, da economia formal, informal, solidária e de cuidados. Todos clamando por uma reforma da governança global que assegure o fim dos conflitos armados, o desenvolvimento e a justiça socioambiental para si e para todo o planeta.

COMBATE À FOME, À POBREZA E À DESIGUALDADE

Em caráter de urgência e prioridade máxima, é imperiosa a adesão de todos os países do G20 e outros Estados, à iniciativa da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, essa aliança deve promover a cooperação e a intercooperação entre países e organismos internacionais, estabelecendo um fundo específico para financiar políticas públicas e programas de combate à fome, de forma a garantir o o universal à alimentação adequada.

Defendemos a soberania alimentar, a partir da produção de alimentos saudáveis, como um pilar para erradicar o flagelo da fome em cada nação e no plano global. Os povos devem ter reconhecido o direito de o democratizado à terra e à água, de controlar sua própria produção e distribuição de alimentos, com ênfase em práticas agroecológicas e de preservação do meio ambiente. A promoção de uma alimentação saudável deve ser central para assegurar justiça socioambiental, garantindo que todos os grupos sociais, independentemente de raça, classe, gênero ou origem, tenham o igualitário aos benefícios ambientais, respeitando as culturas alimentares tedineea e evitando a mercantilização dos recursos naturais.

Reafirmamos a centralidade do trabalho decente, conforme os padrões da OIT, como elemento essencial na superação da pobreza e das desigualdades. É crucial combater o trabalho escravo, infantil, o tráfico humano e todas as demais formas de exploração e de precarização do trabalho. Enfatizamos a defesa da formalização do mercado de trabalho e de economias inclusivas e contra-hegemônicas, como a economia popular e solidária, cooperativas, cozinhas solidárias e o reconhecimento e valorização da economia de cuidados. É essencial assegurar que todos, especialmente jovens, população negra, mulheres e os mais vulneráveis, tenham o a empregos dignos, sistemas de seguridade e proteção social e à ampliação dos direitos sindicais.

SUSTENTABILIDADE, MUDANÇAS DO CLIMA E TRANSIÇÃO JUSTA

Os mesmos dilemas que atingem milhões de pessoas vítimas da fome, das desigualdades e da pobreza refletem-se no descompromisso da maioria dos países desenvolvidos e de suas elites com o enfrentamento das mudanças climáticas e o aquecimento global. As populações mais afetadas pela fome e pela pobreza são as que mais sofrem com as emergências climáticas e desastres naturais, que se tornam mais intensos e frequentes em todo o mundo.

Reiteramos a urgência de enfrentar as mudanças climáticas, com respeito à ciência e os conhecimentos tradicionais dos nossos povos, destacando a importância dos compromissos de adaptação e mitigação no âmbito da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) e do Acordo de Paris. É uma exigência ética que os líderes mundiais assumam um compromisso firme com a redução de emissões de gases de efeito estufa e do desmatamento, bem como a proteção dos oceanos, condições essenciais para limitar o aquecimento global a 1,5°C e evitar danos irreversíveis ao planeta.

A transição justa, como processo de transformação socioeconômica para um modelo sustentável, deve ser o princípio norteador para substituir o modelo de produção baseado em combustíveis fósseis por uma economia de baixo carbono. Essa transformação precisa enfrentar a exclusão social, a pobreza energética e o racismo ambiental, e garantir condições equitativas para trabalhadores e trabalhadoras, pessoas negras e comunidades vulneráveis. Reforçamos que essa transição exige um e forco alevante de educação ambiental, participação social e formação cidadã.

Precisamos reforçar, também, a proteção de nossas florestas tropicais através da criação do Fundo Floresta Tropical para Sempre (TFFF), um mecanismo de financiamento internacional dedicado à sua proteção e inclusão socioprodutiva das populações que delas vivem e as mantém em pé. Este fundo, somado a um Novo Objetivo Quantificado Coletivo (NCQG) de financiamento climático, fortalecerá a articulação global necessária para preservar o meio ambiente, garantindo o apoio financeiro contínuo para conservar a biodiversidade e enfrentar a crise climática de forma eficaz.

REFORMA DA GOVERNANÇA GLOBAL

Para atingir esses objetivos, reivindicamos a necessária e inadiável reforma do modelo atual de governança global, que já se mostrou incapaz de oferecer respostas aos desafios contemporâneos e a manutenção da paz.

Assim, enfatizamos a necessidade inadiável de reforma das instituições internacionais para que reflitam a realidade geopolítica contemporânea, com a promoção do multilateralismo e ampliação da participação dos governos e povos dos países do Sul Global nos fóruns decisórios. Em especial, a reforma do Conselho de Segurança da ONU é imprescindível para garantir a diversidade de vozes globais e promover soluções mais equilibradas e eficazes frente aos desafios atuais.

Defendemos que esta reforma abrace a premissa da promoção da democracia e da da participação da sociedade civil. A democracia está em risco quando forças de extrema direita promovem desinformação, discursos totalitários e autoritários, atentando contra os direitos humanos e veiculando mentira, ódio, preconceito, xenofobia, etarismo, racismo e violência nas relações sociais e políticas, dentro das fronteiras de cada país e no plano internacional. Defender a democracia implica em defender o Estado Democrático de Direito e a participação direta da população nos mecanismos nacionais e internacionais de regulação das informações. O exercício do direito à transparência e comunicação plural assegura uma governança global inclusiva, conferindo legitimidade e eficácia aos Estados e organismos internacionais.

Acreditamos que a justiça fiscal é uma ferramenta fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável. Por isso, defendemos a taxação progressiva dos super-ricos, com a garantia de que os recursos arrecadados sejam destinados a fundos nacionais e internacionais de financiamento de políticas sociais, ambientais e culturais. Esses e todos os demais fundos aqui reivindicados devem estar regidos por princípios de transparência, controle e participação da sociedade civil.

CONCLUSÃO

Senhores e senhoras líderes do C20, é hora de assumirmos a responsabilidade de liderar uma transformação que seja efetivamente profunda e duradoura.

Compromissos ambiciosos são essenciais para fortalecer as instituições internacionais, combater a fome e a desigualdade, mitigar os impactos das mudanças do clima e proteger nossos ecossistemas. Este é o momento de agir com determinação e solidariedade. Com vontade política e a institucionalização de instâncias como a Cúpula Social do G20, podemos, sim, construir uma agenda coletiva que honre o compromisso com a justiça social e com a paz global.

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