
A jaguatirica (Leopardus pardalis) que foi resgatada no município de Trajano de Moraes (RJ) após ser atingida por mais de 20 tiros de chumbo voltou à natureza após aproximadamente dois meses. A soltura aconteceu na última sexta-feira (6), mas o local não foi divulgado por questões de segurança do animal.
O animal foi encontrado na Serra das Almas no dia 15 de abril, e o atendimento emergencial foi realizado pelo Instituto BW, uma ONG com projetos de reabilitação de animais selvagens.
A soltura contou com a parceria Guarda Ambiental de Trajano de Moraes e de Saquarema, do Secretário de Meio Ambiente de Trajano de Moraes, William Castellane, e do Inea (nstituto Estadual do Meio Ambiente), por meio da Gerfau (Gerência de Fauna).
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"O animal foi atingido por uma armadilha popularmente chamada de trabuco. Foram retirados mais de 20 projéteis do animal, além de cuidados ortopédicos em uma de suas patas. O processo de reabilitação durou dois meses. Foram três procedimentos cirúrgicos com muitos exames laboratoriais e de imagem", explicou coordenadora de veterinária do Instituto BW, Paula Baldassin.
O felino, que é um macho adulto, ou por cirurgias para a remoção dos projéteis, inclusive um que à época do resgate estava alojado em seu olho.
Ele também tinha espinhos de ouriço na região do pescoço e uma fratura consolidada na pata dianteira direita, ambos recuperados.
Após exames, foi constatado que o animal estava apto para retornar à natureza.
"Nossa fauna precisa de cuidados, e a soltura desse animal nesta semana do Meio Ambiente [o Dia do Meio Ambiente é celebrado em 5 de junho], tão emblemática, significa uma segunda chance para todos. Precisamos respeitar o ambiente em que os animais selvagens vivem. Por eles e por nós também", afirmou Baldassin.
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De acordo com o Instituto BW, a jaguatirica apresenta ampla distribuição no Brasil, com registros em quase todos os estados. As evidências científicas apontam que a espécie está fortemente associada a ambientes florestais com densa cobertura vegetal e presença de corpos hídricos, uma vez que tem sua dieta majoritariamente composta por pequenos mamíferos, peixes e crustáceos.
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