{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/820100/para-e-o-segundo-em-controle-de-armas-e-municoes","headline":"Pará é o segundo em controle de armas e munições","datePublished":"2023-07-23T08:21:58.707-03:00","dateModified":"2023-07-23T08:21:49-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Luiza Mello/Diário do Pará","url":"/noticias/para/820100/para-e-o-segundo-em-controle-de-armas-e-municoes"},"image":"/img/Artigo-Destaque/820000/marcelo-seabra-agpr_00820100_0_.jpg?xid=2686607","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Levantamento mostra que em termos de controle do registro, só perdemos para Minas Gerais. 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Em 2022 esse n\\u0026#250;mero chegou a 43.560 registros. No Brasil, de acordo com o Anu\\u0026#225;rio, o registro de armas de fogo ativos no SINARM/Pol\\u0026#237;cia Federal ou de 1.994.891 em 2021 para 2.300.178 em 2022. Em 2017, o n\\u0026#250;mero era de 637.972, o que representa um aumento de mais de 350% nos \\u0026#250;ltimos cinco anos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O certificado de registro ativos para as atividades de ca\\u0026#231;ador, atirador esportivo e colecionador (CAC) subiu para 783.385. Entre 2018 e 2022, foi observado um crescimento de 665.918 certificados, visto que em 2018, o Brasil tinha 117.467 CACs ativos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;As armas de fogo seguem como o principal instrumento utilizado para matar no Brasil. Segundo o documento, 76,5% dos homic\\u0026#237;dios foram praticados com uso de rev\\u0026#243;lver.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-size: 24px;\\u0026quot;\\u0026gt;TRANSPAR\\u0026#202;NCIA\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;O sistema de seguran\\u0026#231;a p\\u0026#250;blica do Par\\u0026#225; cresceu 36 pontos em rela\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#224; avalia\\u0026#231;\\u0026#227;o anterior, realizada em 2021, conforme o conceito estabelecido pelo Ranking. As informa\\u0026#231;\\u0026#245;es foram solicitadas aos tr\\u0026#234;s \\u0026#243;rg\\u0026#227;os respons\\u0026#225;veis por responder e investigar ocorr\\u0026#234;ncias envolvendo armas de fogo, efetuar apreens\\u0026#245;es e investigar a origem das armas: a Pol\\u0026#237;cia Militar (PM), a Pol\\u0026#237;cia Civil (PC) e o Departamento de Pol\\u0026#237;cia T\\u0026#233;cnico-Cient\\u0026#237;fica (DPTC).\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Entre os estados que n\\u0026#227;o responderam ao Ranking, as alega\\u0026#231;\\u0026#245;es de sigilo foram de 18% em 2021 para mais do que o dobro em 2022 (38%). Mais da metade (51%) das informa\\u0026#231;\\u0026#245;es solicitadas em 2021 tiveram o negado. Em 2022, esse n\\u0026#250;mero caiu para 37%, mas o percentual de solicita\\u0026#231;\\u0026#245;es ignoradas subiu de 24% para 37%. As pol\\u0026#237;cias civis dos demais estados que n\\u0026#227;o forneceram informa\\u0026#231;\\u0026#245;es foram os \\u0026#243;rg\\u0026#227;os com pior desempenho nacionalmente em ambos os anos, com 79% das solicita\\u0026#231;\\u0026#245;es n\\u0026#227;o respondidas.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Os respons\\u0026#225;veis pelo levantamento destacam que a categoria de perguntas menos respondidas se refere \\u0026#224; investiga\\u0026#231;\\u0026#227;o da origem de armas e muni\\u0026#231;\\u0026#245;es apreendidas, o que “levanta preocupa\\u0026#231;\\u0026#245;es sobre a capacidade de rastreamento e controle desses armamentos pelas autoridades”.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Na avalia\\u0026#231;\\u0026#227;o do Instituto Igarap\\u0026#233;, a pesquisa revela uma cultura do sigilo entre os \\u0026#243;rg\\u0026#227;os estaduais de seguran\\u0026#231;a p\\u0026#250;blica em rela\\u0026#231;\\u0026#227;o \\u0026#224; circula\\u0026#231;\\u0026#227;o de armas no pa\\u0026#237;s. “O controle de armas e muni\\u0026#231;\\u0026#245;es \\u0026#233; central para a redu\\u0026#231;\\u0026#227;o da viol\\u0026#234;ncia armada e para isso, informa\\u0026#231;\\u0026#227;o de qualidade \\u0026#233; essencial”, afirma a diretora de pesquisa da entidade, Melina Risso. “Por um lado, a pesquisa revela a falta de aten\\u0026#231;\\u0026#227;o dada ao controle de armas pelas pol\\u0026#237;cias estaduais, e por outro, a persistente opacidade dos \\u0026#243;rg\\u0026#227;os de seguran\\u0026#231;a p\\u0026#250;blica”, completa.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Entre as recomenda\\u0026#231;\\u0026#245;es trazidas na nota t\\u0026#233;cnica do estudo est\\u0026#225; a facilita\\u0026#231;\\u0026#227;o do o e compartilhamento de dados entre os sistemas federais e estaduais de controle; a amplia\\u0026#231;\\u0026#227;o da coopera\\u0026#231;\\u0026#227;o entre \\u0026#243;rg\\u0026#227;os da seguran\\u0026#231;a p\\u0026#250;blica estadual, organiza\\u0026#231;\\u0026#245;es da sociedade civil e institui\\u0026#231;\\u0026#245;es de ensino; o compartilhamento ativo de dados em alto n\\u0026#237;vel de agrega\\u0026#231;\\u0026#227;o com a sociedade; e a valoriza\\u0026#231;\\u0026#227;o da produ\\u0026#231;\\u0026#227;o e an\\u0026#225;lise de dados pelos \\u0026#243;rg\\u0026#227;os de seguran\\u0026#231;a p\\u0026#250;blica.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;b\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-size: 24px;\\u0026quot;\\u0026gt;Marco normativo pode controlar armamento no Pa\\u0026#237;s\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/b\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026lt;span style=\\u0026quot;font-size: 24px;\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Os pesquisadores do F\\u0026#243;rum Brasileiro de Seguran\\u0026#231;a P\\u0026#250;blica, David Marques e Roberto Uch\\u0026#244;a, destacam que a tend\\u0026#234;ncia de aumento de armas de fogos nas m\\u0026#227;os de civis teve in\\u0026#237;cio no governo Temer, com a libera\\u0026#231;\\u0026#227;o do porte de tr\\u0026#226;nsito, e intensificado na gest\\u0026#227;o Jair Bolsonaro.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Em decretos editados ainda no primeiro semestre, em 2019, o governo modificou a classifica\\u0026#231;\\u0026#227;o de calibres para permitir que a popula\\u0026#231;\\u0026#227;o adquirisse armas que eram de uso a for\\u0026#231;as de seguran\\u0026#231;a e militares, pistolas calibre 9mm e rev\\u0026#243;lveres calibre 357 aram a ser de f\\u0026#225;cil o, incluindo alguns modelos de fuzis.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Al\\u0026#233;m disso, o limite de armas e muni\\u0026#231;\\u0026#245;es que poderiam ser adquiridas foi aumentado de forma exponencial. Um atirador desportivo sozinho poderia adquirir at\\u0026#233; 60 armas de fogo, sendo 30 de calibres permitidos e 30 de calibres s. Como exemplo, um \\u0026#250;nico atirador poderia adquirir 30 pistolas calibre 9mm e 30 fuzis calibre 7.62. De acordo com os pesquisadores, a quantidade liberada \\u0026#233; maior que a maioria dos batalh\\u0026#245;es de pol\\u0026#237;cia militar e delegacias existentes no pa\\u0026#237;s.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Foram 4 anos de aumento no n\\u0026#250;mero de CAC, de armas em circula\\u0026#231;\\u0026#227;o, do n\\u0026#250;mero de clubes de tiro e de lojas de armas, al\\u0026#233;m da quantidade de muni\\u0026#231;\\u0026#245;es em circula\\u0026#231;\\u0026#227;o, enquanto isso o investimento em fiscaliza\\u0026#231;\\u0026#227;o e controle foi inexistente”, afirmaram.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Os pesquisadores afirmam que no in\\u0026#237;cio do ano, o novo governo puxou um freio de arruma\\u0026#231;\\u0026#227;o para a reconstru\\u0026#231;\\u0026#227;o da pol\\u0026#237;tica de controle de armas no pa\\u0026#237;s, e que \\u0026#233; necess\\u0026#225;rio um novo marco normativo para paralisar o “descontrole” do armamento no Brasil.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“O melhor regramento das categorias com o privilegiado a armas, sobretudo os CAC, e sua gest\\u0026#227;o n\\u0026#227;o mais pelo Ex\\u0026#233;rcito, mas, sim, pela Pol\\u0026#237;cia Federal, maiores investimentos nesta institui\\u0026#231;\\u0026#227;o para que possa brevemente modernizar seus sistemas e bancos de dados, assim como ampliar suas a\\u0026#231;\\u0026#245;es de fiscaliza\\u0026#231;\\u0026#227;o, al\\u0026#233;m da reclassifica\\u0026#231;\\u0026#227;o de certos calibres, como 9mm e .40, \\u0026#224; lista de calibres s, s\\u0026#227;o algumas das mudan\\u0026#231;as que poderiam trazer mais racionalidade \\u0026#224; pol\\u0026#237;tica de controle de armas e que muito beneficiariam a seguran\\u0026#231;a p\\u0026#250;blica do pa\\u0026#237;s”, afirmam.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"armas e municoes estado do para, seguranca publica paraense armas, registros cac armamento estado do para, controle de armas seguranca para"}
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Pará é o segundo em controle de armas e munições

Levantamento mostra que em termos de controle do registro, só perdemos para Minas Gerais. Estado possui 43 mil armamentos registrados

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Imagem ilustrativa da notícia Pará é o segundo em controle de armas e munições camera A Polícia Científica do Pará recebeu conceito de “alto nível” na qualidade dos dados fornecidos | Marcelo Seabra/Agência Pará

As licenças para obtenção de armas de fogo aumentaram quase sete vezes durante o governo de Jair Bolsonaro. Em 2018, antes de Bolsonaro assumir, o número de pessoas com registros CAC (caçador, atirador ou colecionador) era de 117,5 mil. Ou seja, 56 brasileiros a cada 100 mil possuíam licença para armas. No ano ado, esses registros chegaram a 783,4 mil, o que significa que, a cada grupo de 100 mil pessoas, 386 têm a autorização. Na comparação de 2021 com o ano ado, houve uma alta de 37% de pessoas com registros. Os números mostram que o Brasil ganhou mais de 211 mil certificados de registros de armas em apenas um ano.

+ Plano se segurança do governo vai além do controle de armas

Um levantamento feito pelo Instituto Igarapé com colaboração técnica da Open Knowledge Brasil mostra que os sistemas de segurança dos estados e do Distrito Federal desconhecem a realidade sobre o número de armas em circulação na região de jurisdição, ou seja, nem mesmo as autoridades policiais locais conhecem o número exato de armas em posse da população.

O Ranking de transparência de dados sobre armas no Brasil aponta falta de transparência entre os órgãos de segurança pública do país. O Ranking mostra melhorias consideráveis em alguns estados, de um ano para outro, em relação à transparência das informações enviadas. Minas Gerais teve o melhor desempenho em 2022, seguido pelo Pará, que subiu do 19º para o 4º lugar, destacado com melhor qualidade de informações sobre o controle de armas e munições. A Polícia Científica do Pará (PCEPA) foi classificada como a segunda melhor do Brasil em transparência das informações, e recebeu o conceito de “Alto Nível” de qualidade nos dados fornecidos.

E MAIS:

+ Garimpeiros atiram e matam criança Yanomami em Roraima

+ Policiais civis são treinados para usarem novo armamento

Os pesquisadores do Instituto Igarapé encaminharam pedidos via Lei de o à Informação (LAI) à Polícia Civil, à Polícia Militar e ao Departamento de Polícia Técnico-Científica dos 27 estados e para o Distrito Federal nos últimos dois anos (2021 e 2022).

Desse total, 75% dos pedidos de informações feitos em 2021 e 74% em 2022 foram negados ou não respondidos pelas autoridades. O Pará recebeu destaque dos pesquisadores e está entre os 5 estados brasileiros com melhor qualidade de informações sobre o controle de armas e munições.

Para os especialistas que atuam na área, a falta de informações e transparência de dados sobre armas verificado na maioria dos estados brasileiros e no Distrito Federal expõe lei do silêncio na segurança pública dos estados que não responderam aos questionários encaminhados pelo Instituto Igarapé em parceria com o Open Knowledge Brasil.

Dados divulgados na última quinta (20), pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que o Pará tinha 35.843 registros de arma de fogo ativos em 2021. Em 2022 esse número chegou a 43.560 registros. No Brasil, de acordo com o Anuário, o registro de armas de fogo ativos no SINARM/Polícia Federal ou de 1.994.891 em 2021 para 2.300.178 em 2022. Em 2017, o número era de 637.972, o que representa um aumento de mais de 350% nos últimos cinco anos.

O certificado de registro ativos para as atividades de caçador, atirador esportivo e colecionador (CAC) subiu para 783.385. Entre 2018 e 2022, foi observado um crescimento de 665.918 certificados, visto que em 2018, o Brasil tinha 117.467 CACs ativos.

As armas de fogo seguem como o principal instrumento utilizado para matar no Brasil. Segundo o documento, 76,5% dos homicídios foram praticados com uso de revólver.

TRANSPARÊNCIA

O sistema de segurança pública do Pará cresceu 36 pontos em relação à avaliação anterior, realizada em 2021, conforme o conceito estabelecido pelo Ranking. As informações foram solicitadas aos três órgãos responsáveis por responder e investigar ocorrências envolvendo armas de fogo, efetuar apreensões e investigar a origem das armas: a Polícia Militar (PM), a Polícia Civil (PC) e o Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC).

Entre os estados que não responderam ao Ranking, as alegações de sigilo foram de 18% em 2021 para mais do que o dobro em 2022 (38%). Mais da metade (51%) das informações solicitadas em 2021 tiveram o negado. Em 2022, esse número caiu para 37%, mas o percentual de solicitações ignoradas subiu de 24% para 37%. As polícias civis dos demais estados que não forneceram informações foram os órgãos com pior desempenho nacionalmente em ambos os anos, com 79% das solicitações não respondidas.

Os responsáveis pelo levantamento destacam que a categoria de perguntas menos respondidas se refere à investigação da origem de armas e munições apreendidas, o que “levanta preocupações sobre a capacidade de rastreamento e controle desses armamentos pelas autoridades”.

Na avaliação do Instituto Igarapé, a pesquisa revela uma cultura do sigilo entre os órgãos estaduais de segurança pública em relação à circulação de armas no país. “O controle de armas e munições é central para a redução da violência armada e para isso, informação de qualidade é essencial”, afirma a diretora de pesquisa da entidade, Melina Risso. “Por um lado, a pesquisa revela a falta de atenção dada ao controle de armas pelas polícias estaduais, e por outro, a persistente opacidade dos órgãos de segurança pública”, completa.

Entre as recomendações trazidas na nota técnica do estudo está a facilitação do o e compartilhamento de dados entre os sistemas federais e estaduais de controle; a ampliação da cooperação entre órgãos da segurança pública estadual, organizações da sociedade civil e instituições de ensino; o compartilhamento ativo de dados em alto nível de agregação com a sociedade; e a valorização da produção e análise de dados pelos órgãos de segurança pública.

Marco normativo pode controlar armamento no País

Os pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques e Roberto Uchôa, destacam que a tendência de aumento de armas de fogos nas mãos de civis teve início no governo Temer, com a liberação do porte de trânsito, e intensificado na gestão Jair Bolsonaro.

Em decretos editados ainda no primeiro semestre, em 2019, o governo modificou a classificação de calibres para permitir que a população adquirisse armas que eram de uso a forças de segurança e militares, pistolas calibre 9mm e revólveres calibre 357 aram a ser de fácil o, incluindo alguns modelos de fuzis.

Além disso, o limite de armas e munições que poderiam ser adquiridas foi aumentado de forma exponencial. Um atirador desportivo sozinho poderia adquirir até 60 armas de fogo, sendo 30 de calibres permitidos e 30 de calibres s. Como exemplo, um único atirador poderia adquirir 30 pistolas calibre 9mm e 30 fuzis calibre 7.62. De acordo com os pesquisadores, a quantidade liberada é maior que a maioria dos batalhões de polícia militar e delegacias existentes no país.

“Foram 4 anos de aumento no número de CAC, de armas em circulação, do número de clubes de tiro e de lojas de armas, além da quantidade de munições em circulação, enquanto isso o investimento em fiscalização e controle foi inexistente”, afirmaram.

Os pesquisadores afirmam que no início do ano, o novo governo puxou um freio de arrumação para a reconstrução da política de controle de armas no país, e que é necessário um novo marco normativo para paralisar o “descontrole” do armamento no Brasil.

“O melhor regramento das categorias com o privilegiado a armas, sobretudo os CAC, e sua gestão não mais pelo Exército, mas, sim, pela Polícia Federal, maiores investimentos nesta instituição para que possa brevemente modernizar seus sistemas e bancos de dados, assim como ampliar suas ações de fiscalização, além da reclassificação de certos calibres, como 9mm e .40, à lista de calibres s, são algumas das mudanças que poderiam trazer mais racionalidade à política de controle de armas e que muito beneficiariam a segurança pública do país”, afirmam.

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