{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","mainEntityOfPage":"/noticias/para/875119/dia-das-tacacazeiras-elas-mantem-a-tradicao-em-belem","headline":"Dia das Tacacazeiras: elas mantêm a tradição em Belém","datePublished":"2024-09-13T08:50:57.1-03:00","dateModified":"2024-09-13T08:50:38.113-03:00","author":{"@type":"Person","name":"Gilberto Moura/Diário do Pará","url":"/noticias/para/875119/dia-das-tacacazeiras-elas-mantem-a-tradicao-em-belem"},"image":"/img/Artigo-Destaque/870000/Design-sem-nome-50_00875119_0_.png?xid=2926961","publisher":{"@type":"Organization","name":"DOL","url":"/","logo":"/themes/DOL/img/logoDOL.png","Point":{"@type":"Point","Type":"Customer ","telephone":"+55-91-98412-6477","email":"[email protected]"},"address":{"@type":"PostalAddress","streetAddress":"Rua Gaspar Viana, 773/7","addressLocality":"Belém","addressRegion":"PA","postalCode":"66053-090","addressCountry":"BR"}},"description":"Espalhadas pelas esquinas da cidade, as tacacazeiras comemoram seu dia hoje mantendo uma tradição que faz a boca de qualquer um salivar sem parar. 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Que turista pode resistir?\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;A iguaria regional tamb\\u0026#233;m se faz presente no principal cart\\u0026#227;o-postal da cidade de Bel\\u0026#233;m. Na Esta\\u0026#231;\\u0026#227;o Docas, a cafeteria As Mulatas \\u0026#233; a respons\\u0026#225;vel por garantir a experi\\u0026#234;ncia gastron\\u0026#244;mica \\u0026#224; beira rio, tanto para os paraenses quanto para os in\\u0026#250;meros turistas que am pelo local.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Minha m\\u0026#227;e \\u0026#233; a respons\\u0026#225;vel por rear e ensinar todas as nossas receitas salgadas, e ela possui um amor muito grande pelo preparo do tacac\\u0026#225;. Afinal, aqui \\u0026#233; o \\u0026#250;nico restaurante da esta\\u0026#231;\\u0026#227;o a ofertar essa iguaria regional”, esclareceu Michelle Xerfan, empres\\u0026#225;ria.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n\\r\\n \\r\\n\\r\\n\\r\\n \\u0026lt;figure class=\\u0026quot;dol-img-article\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\r\\n \\u0026lt;img loading=\\u0026quot;lazy\\u0026quot; class=\\u0026quot;lozad desk\\u0026quot; alt=\\u0026quot;A m\\u0026amp;#233;dica Gabriela Porto de Recife, confessa que ficou viciada nas comidas t\\u0026amp;#237;picas do Par\\u0026amp;#225;\\u0026quot; data-src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/870000/767x0/Design-sem-nome-51_00875119_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F870000%2FDesign-sem-nome-51_00875119_0_.png%3Fxid%3D2926963%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748457762\\u0026amp;amp;xid=2926963\\u0026quot; src=\\u0026quot;https://cdn.dol-br.noticiasalagoanas.com/img/inline/870000/767x0/Design-sem-nome-51_00875119_0_.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol-br.noticiasalagoanas.com%2Fimg%2Finline%2F870000%2FDesign-sem-nome-51_00875119_0_.png%3Fxid%3D2926963%26resize%3D380%252C200%26t%3D1748457762\\u0026amp;amp;xid=2926963\\u0026quot;\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n \\r\\n \\u0026lt;figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;span\\u0026gt;\\u0026#128247; A m\\u0026amp;#233;dica Gabriela Porto de Recife, confessa que ficou viciada nas comidas t\\u0026amp;#237;picas do Par\\u0026amp;#225; |\\u0026lt;/span\\u0026gt;\\u0026lt;strong\\u0026gt;FOTO: ANTONIO MELO\\u0026lt;/strong\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figcaption\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/figure\\u0026gt;\\r\\n\\r\\n\\t\\t\\t\\u0026lt;br\\u0026gt;\\r\\n \\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Aqui tem pessoas de todas as idades, que possuem os mais variados gostos e possuem a oportunidade de relaxar com a vista de um p\\u0026#244;r do sol lindo. Ent\\u0026#227;o por que n\\u0026#227;o juntar esse momento com umas das comidas mais queridas por todos, o tacac\\u0026#225;? Foi com esse pensamento que fizemos acontecer e, gra\\u0026#231;as a Deus, foi bem recebido pelo p\\u0026#250;blico”, disse.\\u0026lt;br\\u0026gt;\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;E como de se esperar, o sabor regional do Par\\u0026#225; conquistou at\\u0026#233; mesmo quem veio de outro estado. Pela segunda vez em solo paraense, a m\\u0026#233;dica cirurgi\\u0026#227; Gabriela Porto, moradora de Recife, veio a Bel\\u0026#233;m a trabalho, e encontrou na Esta\\u0026#231;\\u0026#227;o o jeito mais pr\\u0026#225;tico e gostoso de saborear a culin\\u0026#225;ria local.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Eu ouvia muito falar, mas quando provei pude afirmar: tudo melhora com tacac\\u0026#225;, principalmente somado a essa bela vista de frente para esse rio imenso, que t\\u0026#225; me ajudando a manter o calorz\\u0026#227;o longe. Estou simplesmente encantada. Inclusive, assim que eu chegar na minha terra, vou direto para o restaurante que vende comidas t\\u0026#237;picas do Par\\u0026#225;, pode-se dizer que \\u0026#233; o meu v\\u0026#237;cio”, relatou.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;h3\\u0026gt;COP 30\\u0026lt;/h3\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;\\u0026#193;geis, as tacacazeiras est\\u0026#227;o se preparando para a Confer\\u0026#234;ncias sobre Mudan\\u0026#231;as Clim\\u0026#225;ticas da ONU, a COP 30, prevista para acontecer em novembro de 2025, em Bel\\u0026#233;m. A cidade se transformou em um canteiro de obras, com duplica\\u0026#231;\\u0026#227;o de vias, drenagens de canais e abertura de centros gastron\\u0026#244;micos.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Vai ser um evento muito grande aqui no Par\\u0026#225;. Como ter\\u0026#225; muita gente de fora, eu quero aumentar meu quadro de funcion\\u0026#225;rios, melhorar o atendimento ao cliente e aperfei\\u0026#231;oar os pratos”, explicou a vendedora de tacac\\u0026#225; Maria Gomes, conhecida como Diva.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;Com duas d\\u0026#233;cadas de trabalho e dois carrinhos de tacac\\u0026#225;, na Pedreira e na Marambaia, a tacacazeira Diva reinventou o tacac\\u0026#225;. Ela criou o “tacaranguejo”, com unhas de caranguejo acrescentadas, e o “vata\\u0026#231;oba”, que junta tr\\u0026#234;s pratos t\\u0026#237;picos: vatap\\u0026#225;, mani\\u0026#231;oba e arroz paraense.\\u0026lt;/p\\u0026gt;\\u0026lt;p\\u0026gt;“Tenho um amigo que vendia unha de caranguejo e ele dizia para gente inventar pratos diferentes. Eu testei e deu certo. Agora todo mundo tem”, comentou, orgulhosa.\\u0026lt;/p\\u0026gt;","keywords":"tacacá,Belém,culinária paraense,tradicional,gastronomia,tacacazeiras,tacaca em belem,Dia da Tacacazeira"}
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EU VOU TOMAR UM TACACÁ 🎵

Dia das Tacacazeiras: elas mantêm a tradição em Belém

Espalhadas pelas esquinas da cidade, as tacacazeiras comemoram seu dia hoje mantendo uma tradição que faz a boca de qualquer um salivar sem parar. E para celebrar, nada melhor que dizer: “Me veja um por favor!”.

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Imagem ilustrativa da notícia Dia das Tacacazeiras: elas mantêm a tradição em Belém camera Não importa o tempo que faça, há sempre clientes para o “tacacá de fim de tarde” em Belém. | Antônio Melo/Diário do Pará

Servido quente, com um tom amarelado e sabor inigualável. É certo que, no final da tarde, o tacacá domina as ruas de Belém e atrai, todos os dias, centenas de pessoas que mantêm há décadas o ritual de sentar, curtir e ficar de boa para se deliciar com a famosa iguaria regional.

E, para manter viva a tradição, seja debaixo de sol ou não, andar pelas ruas de Belém é ter a certeza de encontrar as inúmeras barraquinhas nas calçadas e esquinas, comandadas, sobretudo, por mulheres, as famosas tacacazeiras, que fazem desse alimento sua principal fonte de renda.

Leia mais:

“Proporcionar o tacacá aos nossos clientes é uma tradição que se iniciou em 1963. E, hoje, a responsabilidade é elevar a qualidade da comida, proporcionar uma explosão de sabores regionais que, embora todos conhecem bem, fazem questão de vir aqui dizer ‘me veja um, por favor’”, contou Ivonete Pantoja, proprietária e vendedora.

No ramo há 61 anos, o Tacacá Raízes da Mandioca, localizado na avenida Nazaré, é um dos mais antigos da Região Metropolitana de Belém. E, de acordo com a proprietária, vem sendo ado por gerações.

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“Aprendi a cozinhar e a vender com a minha mãe. Ela me dizia que qualquer pessoa se conquista a partir de uma boa refeição. E foi o que fizemos juntas. Semanalmente clientes da casa e novatos chegam para tomar o meu tacacá, simplesmente porque a gente preza pela qualidade da receita e daqui eles só saem de barriga cheia”, disse Ivonete Pantoja.

Algo que a pedagoga Alice Gomes faz questão de reafirmar. “Sempre que eu saio do trabalho o por aqui, sento e peço o meu belo e delicioso tacacá. Sentir o caldo quentinho e saboroso é a minha alegria, o meu ritual para chegar em casa renovada e pronta para o próximo dia. Me dá força, energia, é uma alimentação que me enche”.

PATRIMÔNIO

De origem indígena, a comida típica é uma espécie de caldo, que teve a sua primeira descrição registrada no século XVI. Além do Pará, é comum encontrar o tacacá nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Amapá.

Em 2011, o município de Belém instituiu o Dia das Tacacazeiras, que ou a ser comemorado em 13 de setembro. Há dez anos, as vendedoras de tacacá foram declaradas Patrimônio Cultural Imaterial da capital paraense, em reconhecimento ao seu trabalho e contribuição cultural. A fama é tanta que o tacacá foi a comida mais pesquisada pelos brasileiros no Google em 2023, por causa do sucesso da canção “Voando pro Pará”, da Joelma, que virou hit nas redes sociais no Brasil e no mundo.

LEGADO

Max Pompeu é conhecido pelo famoso Tacacá da Paula, criado por sua finada mãe. Ele resiste ao tempo e vive da venda do tacacá da forma mais genuína possível. “Me tornei tacacazeiro por necessidade, mas também por respeito. Depois que a minha mãe faleceu, senti que deveria dar continuidade ao legado dela, sempre prezando pelo jeito prático e divertido de cozinhar. Ela começou aqui há 50 anos e estou aqui, no mesmo lugar, há quase 10 anos”, relatou.

No trabalho de segunda a sábado, o atual proprietário leva seu carrinho para a avenida Nazaré e lá, na rua, próxima de sua casa, encanta a todos com a sua comida regional. E logo as longas filas de clientes cercam o espaço e esperam, pacientemente, a cuia chegar em suas mãos.

“Eu como aqui desde que era criança, a minha mãe que me trazia. Hoje eu gosto de voltar porque é a minha tradição. Venho aqui todos os dias e espero fazer isso por anos”, comentou João Neto, empresário.

Estimulado pelos clientes, o tacacazeiro sempre retribui tentando agradar ao máximo. O principal segredo do negócio é combinar os ingredientes ao gosto do freguês. Quem nunca experimentou tacacá, costuma pedir “com mais tucupi, camarão, jambu e menos goma”, explicou rapidamente Max Pompeu, aos risos.

PARA ENTENDER

A fórmula de uma delícia

Servido bem quente em cuias, a iguaria amazônica tem como ingredientes o tucupi, caldo amarelo e fino extraído da tapioca; a goma de tapioca, feita de mandioca; camarão seco; e o jambu, planta rasteira que, quando mastigada, provoca um leve tremor na boca.

Uma bela cuia de tacacá na mão e um lindo pôr do sol. Que turista pode resistir?

A iguaria regional também se faz presente no principal cartão-postal da cidade de Belém. Na Estação Docas, a cafeteria As Mulatas é a responsável por garantir a experiência gastronômica à beira rio, tanto para os paraenses quanto para os inúmeros turistas que am pelo local.

“Minha mãe é a responsável por rear e ensinar todas as nossas receitas salgadas, e ela possui um amor muito grande pelo preparo do tacacá. Afinal, aqui é o único restaurante da estação a ofertar essa iguaria regional”, esclareceu Michelle Xerfan, empresária.

A médica Gabriela Porto de Recife, confessa que ficou viciada nas comidas típicas do Pará
📷 A médica Gabriela Porto de Recife, confessa que ficou viciada nas comidas típicas do Pará |FOTO: ANTONIO MELO

“Aqui tem pessoas de todas as idades, que possuem os mais variados gostos e possuem a oportunidade de relaxar com a vista de um pôr do sol lindo. Então por que não juntar esse momento com umas das comidas mais queridas por todos, o tacacá? Foi com esse pensamento que fizemos acontecer e, graças a Deus, foi bem recebido pelo público”, disse.

E como de se esperar, o sabor regional do Pará conquistou até mesmo quem veio de outro estado. Pela segunda vez em solo paraense, a médica cirurgiã Gabriela Porto, moradora de Recife, veio a Belém a trabalho, e encontrou na Estação o jeito mais prático e gostoso de saborear a culinária local.

“Eu ouvia muito falar, mas quando provei pude afirmar: tudo melhora com tacacá, principalmente somado a essa bela vista de frente para esse rio imenso, que tá me ajudando a manter o calorzão longe. Estou simplesmente encantada. Inclusive, assim que eu chegar na minha terra, vou direto para o restaurante que vende comidas típicas do Pará, pode-se dizer que é o meu vício”, relatou.

COP 30

Ágeis, as tacacazeiras estão se preparando para a Conferências sobre Mudanças Climáticas da ONU, a COP 30, prevista para acontecer em novembro de 2025, em Belém. A cidade se transformou em um canteiro de obras, com duplicação de vias, drenagens de canais e abertura de centros gastronômicos.

“Vai ser um evento muito grande aqui no Pará. Como terá muita gente de fora, eu quero aumentar meu quadro de funcionários, melhorar o atendimento ao cliente e aperfeiçoar os pratos”, explicou a vendedora de tacacá Maria Gomes, conhecida como Diva.

Com duas décadas de trabalho e dois carrinhos de tacacá, na Pedreira e na Marambaia, a tacacazeira Diva reinventou o tacacá. Ela criou o “tacaranguejo”, com unhas de caranguejo acrescentadas, e o “vataçoba”, que junta três pratos típicos: vatapá, maniçoba e arroz paraense.

“Tenho um amigo que vendia unha de caranguejo e ele dizia para gente inventar pratos diferentes. Eu testei e deu certo. Agora todo mundo tem”, comentou, orgulhosa.

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