
O tempo pode ar, os cenários mudarem e os rostos se misturarem em novas cidades, mas para crimes que envolvem a violência contra crianças, a Justiça não pode falhar nem se calar. A prisão de um homem acusado de estuprar um bebê de apenas oito meses, ocorrida esta semana, reacende o alerta sobre a urgência de proteger os mais vulneráveis - e o dever de punir quem os ataca.
Angelito R. R., cidadão venezuelano que vivia em um abrigo para migrantes em Parauapebas, no sudeste do Pará, foi preso na última terça-feira (27), após dois anos foragido. O crime ocorreu em 2022 dentro do Acolhimento dos Migrantes Venezuelanos, mantido pela prefeitura do município. A vítima era filha de um casal de adolescentes, também abrigados no local.
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Segundo informações do Conselho Tutelar, Angelito ganhou a confiança de outras famílias ao se apresentar como pastor. Foi sob o pretexto de fazer uma oração que ele se aproximou da criança, que estava doente. "Quando a criança foi levada para o hospital, foi detectado que ela havia sido abusada, e o suspeito fugiu", relataram os conselheiros.
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AÇÃO POLICIAL INTEGRADA
Desde então, Angelito era considerado foragido da Justiça. Um mandado de prisão preventiva havia sido expedido pela 2ª Vara Criminal de Parauapebas. O paradeiro do acusado foi descoberto graças a uma ação integrada entre a Polícia Civil do Pará, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), e a Polícia Federal.
Ele foi localizado na cidade de João Pessoa, na Paraíba, onde vivia havia seis meses com a esposa e três filhos pequenos. A prisão foi divulgada na quarta-feira (28). Com a captura, Angelito deverá ser transferido para o Pará, onde responderá judicialmente pelo crime.
SEM IMPUNIDADE
A prisão do acusado é uma resposta das autoridades diante de um caso que chocou a comunidade local e deixou marcas profundas nas vítimas. Para os investigadores, o desfecho da operação é também um recado direto: abusos contra crianças não serão esquecidos e tampouco permanecerão impunes, mesmo com o ar dos anos ou a mudança de estado.
Casos como esse evidenciam a necessidade de fiscalização constante em espaços de acolhimento, onde a fragilidade das condições sociais não pode servir de escudo para criminosos. A apuração segue em curso e o caso está sendo acompanhado pela Deaca, especializada na proteção de crianças e adolescentes vítimas de violência.
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